domingo, 15 de abril de 2012

Diário de Viagem – Vergonha? Que vergonha?

Já faz cinco semanas que estou aqui. Nesse meio tempo, aprendi muitas coisas. Algumas já mencionei e outras ainda não, mas uma grande coisa que aprendi é que vergonha é uma coisa que não existe.

Na hora da necessidade, não há vergonha que resista. Ela some rapidinho...

Não tem essa de falar errado ou falar certo, o negócio é se comunicar. Sabe aquele ditado que diz que só se aprende errando? Pois é! Quando erramos e alguém nos corrige, é bem mais difícil de esquecer. Aos poucos a gente vai aprendendo a falar certo, a pedir informação de um jeito mais “polite” e por aí vai.

Quando pisei em solo britânico pensei: “Putz! E agora?”. Logo nos primeiros minutos já tive que me desdobrar com a mulher da imigração que pegou no meu pé. Fez milhares de perguntas, contou meu dinheiro e me deu a primeira lição de inglês que eu jamais vou esquecer: quando usar “what?” e quando usar “sorry?”.

Deixei minha vergonha no avião. Tive que me virar com o inglês que eu sabia (que descobri não ser tão pouco quanto imaginava) e tudo correu bem até agora. Já pedi informação, já dei informação, já conversei com estranhos, já fiz amizades num pub, já troquei e-mails com um professor, já falei no telefone com uma agência de turismo...

Não sabe? Pergunta. Não entendeu? Pergunta de novo.

Ás vezes é melhor pedir uma informação do que ficar rodando, rodando, rodando pela cidade com o mapa na mão e com cara de turista. 

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