segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Prisão domiciliar

Eu nunca quis morar em casa. Me lembro quando era pequena, meu pai viajava muito e minha mãe dizia que não moraria em casa pra ficar sozinha com duas crianças pequenas. Fui acostumada a ter só uma porta em casa e janelas que ficam a metros e metros do chão.

As duas únicas experiências que eu tive de morar em casa foram: em Curitiba, quando moramos em um condomínio fechado e depois, quando morei em uma casa de família em Londres.

Nos últimos cinco anos, tive um pouco da experiência de como é viver em uma casa. Até gostei da ideia de ter pátio, não ter que dar satisfação pra ninguém, não pagar condomínio, mas na semana passada, voltei a lembrar o porquê de não querer morar em casa.

Invadiram a casa do meu namorado. Mexeram em tudo. Levaram coisas. Essa foi a segunda experiência que tive, a segunda vez que acompanhei o caso de perto. Uma das piores sensações do mundo é entrar em casa e ver que nada está do jeito que você deixou, que alguém esteve ali, mexeu em tudo que é seu sem o menor cuidado e levou coisas suas, coisas que você suou pra comprar, coisas que não tinham valor nenhum a não ser o valor sentimental...

O medo que fica demora pra ir embora e aquela sensação de segurança dentro de casa talvez seja irrecuperável. 


Aos poucos vamos nos prendendo dentro da nossa própria casa. Grades, alarmes, cães de guarda, interfones, seguranças...

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Era fotografar ou viver. Eu escolhi viver.

E aquele momento único eu não consegui capturar. Porque eu, logo eu que sou fotógrafa e tenho uma câmera maravilhosa, não fui capaz de fotografar aquele momento?

Era a primeira vez que colocávamos a chave na porta daquele que vai se tornar o nosso primeiro lar. Não se faz isso duas vezes na vida. A máquina estava ali, preparada. Guardei.

Era fotografar ou viver. Eu escolhi viver.

Escolhi guardar cada segundo, cada sensação, cada lágrima de emoção daquele momento que não durou mais que um minuto na minha memória. Decidi eternizar o sentimento e não a imagem. Guardei no coração, não no papel.  

Fecho os olhos e consigo voltar exatamente àquele segundo. Sinto o coração bater forte e aquela mesma lágrima que correu lá, corre agora. Lembro perfeitamente de cada canto do apê, dos sorrisos, das palavras, das juras. Sinto o abraço, o beijo, o cheiro de casa fechada, vejo as janelas se abrindo e escuto o champanhe estourando.


Tem coisas na vida que vale a pena serem guardadas só na lembrança. Há quem diga que se lembra melhor através das fotografias. Pra mim, se você não consegue fechar os olhos e sentir tudo de novo, cada sensação, os mínimos detalhes, me desculpe a franqueza, mas você não conseguiu viver aquele momento intensamente. 

Agora é você e você

E de repente, você se vê tendo que tomar decisões que antes não eram sua responsabilidade. Porque o pânico queridinha? Você cresceu. Não era o que tanto querias? Porque o medo agora?

Eu avisei que os grandes passos que você vai dar na vida virão acompanhados de grandes decisões, grandes responsabilidades, grandes medos... Não avisei? Amadurecer dói.

E você achou que o fato de pagar suas contas já te fazia independente? Coitadinha... Santa inocência. Agora sim você vai começar a experimentar o ônus e o bônus da independência. O doce e o amargo. Aproveite!

Seja bem vinda à vida adulta. Sim, porque apesar de você estar ali, beirando os trinta, você ainda era considerada uma criança pelos seus pais. Só agora eles percebem que você deixou de ser mocinha para virar mulher, e quando isso acontece amadinha, pode dar adeus aquela mistura gostosa de vida de adolescente com vida adulta.

É agora que as contas vão começar a chegar no seu nome, a casa não vai se arrumar sozinha nem tampouco a comida sai pronta da geladeira. Os problemas vão bater na sua porta à sua procura e não vai ter papai nem mamãe para dizer que você está ocupada. É você e você.


Mas não se assuste, é meu trabalho te dar esse choque de realidade para que você se prepare para o que estar por vir, mas eu também preciso dizer que você vai aproveitar muito. Vai curtir cada minuto e cada espacinho dessa nova fase. Aproveite. Curta. Faça tudo que tiver vontade, afinal, agora sim, a casa é sua! 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Por um amor com brilho nos olhos

Chega de se contentar com pouco garota! Você tem tudo para ter alguém que mereça o amor que você tem para dar. Alguém que te ame, que fique feliz com as tuas conquistas, que vibre junto, que seque suas lágrimas e te dê a mão quando você cair.

Não perde tempo com quem tem inveja de ti, te engana e trai a tua confiança na cara dura. Tu merece muito mais que isso! Se ele não percebe, sai dessa e vai atrás daquele amor com brilho nos olhos.

Aquele amor que dá o frio na barriga, que enche seu coração de alegria, que faz uma lágrima de felicidade rolar discreta dos seus olhos.

Chega de se contentar com pouco! Acredita, ele não é o único homem da face da terra e nem tampouco é o único que pode gostar de ti. Olha as tuas qualidades, para de notar só os defeitos...

Livre-se desse amor encosto e tu vai ver que logo logo aparece aquele amor brilhante. Um amor que te faz rir até das coisas mais improváveis, que te faz perceber como as coisas simples podem ser as mais importantes. Um amor diferente dos amores que aparecem nas novelas e filmes, um amor sem intrigas, sem brigas, sem traição. Um amor tranquilo, um amor real, com brilho nos olhos! 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Quando eles erram...

“Se um dia ele precisar de mim quando estiver velho, eu não vou ajudar. Ele que se dane. Eu cresci sozinho, ele nunca me ajudou em nada. Ele sumiu da minha vida...”

Garoto, você sabe o que teu pai passou pra te criar? Você sabe quantas fraldas tuas ele trocou e quantas noites passou em claro por causa da tua gripe? Você sabe o quanto ele teve que trabalhar pra colocar comida na tua mesa, pagar teu material escolar e te dar aquele vídeo game que você tanto incomodou pra ter?  

Sim. Eles erram. É impossível ser perfeito, ainda mais quando se fala de criar os filhos. Nossos pais sempre erram. Alguns mais, outros menos, mas sempre existe algum errinho. Ninguém é infalível.

Quando ouvi esse adolescente falando assim do pai dele, imediatamente lembrei do meu. Ele sempre diz uma frase que vou levar pra sempre: “Vocês podem me odiar, mas eu, como pai, sempre vou amar vocês incondicionalmente!”.

O fato de nossos pais terem cometido seus erros, e incluo aqui até os mais graves, não justifica sermos pessoas ruins ou que alimentemos dentro de nós esse sentimento ruim com relação aqueles que nos geraram.

É preciso superar as dificuldades para viver. É preciso esquecer algumas coisas para poder levantar a cabeça e seguir em frente. É preciso perdoar para ter o coração tranquilo. Pode ser difícil, mas é preciso tentar.

Sei que muita gente vai dizer que é fácil pra mim falar isso porque eu nunca passei por coisas assim. Eu concordo, meus pais erraram em algumas coisas e acertaram em tantas outras, mas eu acredito que todos os pais e mães procuram fazer o melhor que podem.

Cabe a nós reconhecer os erros deles e tentar não repeti-los quando for a nossa vez de criar os nossos filhos. E digo tentar porque muitos vão cometer os mesmos erros, tenho certeza. Sabe porquê? Porque quando for a nossa vez, vamos ter maturidade suficiente para entender e, porque não, concordar com algumas das atitudes deles.

A vida passa. Cada minuto que passamos longe das pessoas que realmente importam podem ser cobrados de nós mais tarde. Não vale a pena ficar remoendo mágoas.

Tente imaginar em como você sentiria se amanhã alguém batesse na sua porta dizendo que um de seus pais morreu. Pense em qual seria sua reação se seu pai ou sua mãe viesse à sua casa pedindo abrigo porque não tem mais nada. E se você encontrasse um deles dormindo em um banco da praça da matriz?

Pode parecer exagero, mas essas hipóteses existem, são reais. Uma pessoa que não tem o amor da família, dos filhos, dos irmãos, é uma pessoa sem estrutura. Pense nessas situações extremas e tente perdoar. Ao menos tente.


Pai, mãe... Amo vocês! Incondicionalmente!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Chorar de felicidade

Uma boa notícia há muito esperada. Rever o rosto daquela pessoa querida depois de muito tempo. Ouvir as palavras certas na hora certa.

Emoção, paixão, carinho, alegria... É incrível como esses sentimentos têm a capacidade de nos fazer ter reações que não dominamos.

As lágrimas são geradas por diversas dessas emoções. Para uma manteiga derretida como eu, qualquer uma delas. Já chorei de raiva, de tristeza, de saudade, de dor e de emoção. Todas essas lágrimas, apesar de geradas por emoções diferentes, me lembro que doeram, umas mais outras menos, mas todas doeram pelo menos um pouco.

Dos que citei acima, o choro mais dolorido sem dúvida é o de saudade. Por mais que eu já tenha me despedido de pessoas que amo muitas vezes, não consigo me acostumar com elas. Parece que quanto mais despedidas, mais sensível eu fico. Ultimamente, essas lágrimas de saudade rolam até quando vejo um filme daqueles emocionantes.

Mas nas últimas semanas experimentei um novo tipo de choro. O choro de felicidade. Depois de receber uma notícia incrivelmente fantástica, me debulhei em lágrimas misturadas com uma bela crise de riso. E como foi bom!

Nunca senti tanta felicidade junta. Chorava e ria tanto que, até entender o que estava sentindo demorei alguns bons minutos. Depois, senti uma alegria tão grande, uma felicidade que tomou conta de mim o dia todo. Aquela vontade louca de sair por aí gritando aos sete ventos! E hoje com o facebook tá fácil, fácil, convenhamos.

Meu conselho é que aproveitemos cada lágrima que cai dos nossos olhos. Elas limpam a alma, lavam o rosto e nos fazem ver com mais clareza depois que secam. Não sinta vergonha de chorar, seja pelo motivo que for. Não pense no que os outros vão achar. Corajosos são aqueles que sentem tudo de maneira inteira, sem perder nem um momento.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Horário Político – um circo necessário

Quem já assistiu o horário político eleitoral do início ao fim levanta a mão! o/o/o/

E quem já ouviu no rádio? o/o/o/

Quem riu? o/o/o/

Há quem diga que o horário político devia ser extinto, banido. Eu discordo.

Vejo tantos jovens dizendo que detestam política, que não querem saber ou discutir o assunto, que votam só por obrigação e coisa assim. Isso me deixa preocupada de verdade.

Como essas criaturas que são o tão falado “futuro do nosso país” vão decidir em quem votar? 

Concordo que está cada vez mais difícil, que a palhaçada no horário político é de dar vergonha alheia, que a oferta de santinhos é imensa nessa época, que as placas colocadas no meio das avenidas atrapalham o trânsito e deixam a nossa cidade suja, que tem horas que não aguentamos mais o jingle dos candidatos batendo na nossa cabeça, mas é exatamente por isso que é preciso saber onde buscar as informações.

O horário político pra mim é o primeiro deles. É ali que a gente conhece o candidato, vê, escuta as propostas, enfim, tem a primeira impressão. Mas por favor... Não vote só com base no que é dito ali. 

Vá atrás das informações sobre o candidato que você gostou. Tio Google está aí pra isso!

Filtre todas as informações, cheque em diversas fontes antes de tomar alguma coisa como verdade absoluta. A lei máxima da comunicação é a de que todos os fatos têm mais de um lado. Tente ver o maior número deles possível.

Para tentar ajudar nessa escolha, vão dois sites que trazem informações sobre os candidatos:

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Sonhar by MC Gui

Esses dias ouvindo o rádio a caminho do trabalho escutei uma música muito boa que me tocou o coração (que profundo!).

“Ostentar esperança” do MC Gui. Calma, eu também fiquei meio assim quando ouvi o nome dele. “Um funkeiro fazendo música legal?! Não pode!!”. Mas acredite, é a mais pura verdade.

Quer ver só? Ó um trechinho da música aí:

“Sonhar, nunca desistir
Ter fé, pois fácil não é nem vai ser
Tentar, até esgotar suas forças
Se eu já tenho eu quero dividir
E ostentar pra esperança levar”

E vale ouvir a música toda porque a letra dela é bem interessante.

Achei demais o fato de um funkeiro levar uma letra desse tipo pra multidão, uma letra que faz pensar, que fala alguma coisa que não seja “Créu, créu, créu” ou coisa parecida.


MC Gui, tirei o chapéu! 


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Sobre preconceito e as incoerências da vida

Esse caso da jovem torcedora do Grêmio que foi flagrada pelas câmeras gritando “macaco” para o goleiro do Santos já deu o que tinha que dar. Não foi bonito o que ela fez ou disse. Foi um caso de racismo sim e deve ser punido. Mas a repercussão dada ao caso foi e está sendo exagerada.  

Esse sensacionalismo todo em torno do assunto é no mínimo irresponsável. Só o fato de ter sido flagrada em rede nacional já foi vergonha suficiente para ela. Ainda assim ela perdeu o emprego, teve a casa apedrejada e está sob proteção da polícia porque corre o risco de ser linchada ao colocar o nariz na rua. A vida dessa guria nunca mais vai ser a mesma. Ela com certeza já se deu conta da cagada que fez e com mais certeza ainda nunca mais vai chamar negro de macaco, gay de veado e por aí vai.

Milhares de pessoas estavam no estádio naquele dia. Milhares de pessoas entoaram cantos preconceituosos em uma só voz, muitas vezes sem nem se dar conta do que estavam falando. As crianças aprendem os “hinos” da torcida desde pequenas e não tem noção do que significam muitas das palavras que aprendem a falar. Quem já foi assistir partidas no estádio sabe que isso acontece. Não justifica, mas... Que atire a primeira pedra quem nunca errou.

Tantas coisas acontecem nos estádios e passam em branco que é no mínimo exagero o que estão fazendo nesse caso. Quantas mortes durante brigas de torcedores nos estádios brasileiros já assistimos pela televisão? Quantas vezes a violência foi tema dos principais noticiários de esportes? O que foi feito nesses casos? Qual foi a repercussão dada? Não me lembro de ter visto tanto alarde nem da mídia nem da justiça.

E não estou minimizando o crime de racismo que a guria cometeu. A única coisa é que me parece incoerente que ela, uma guria que não agrediu fisicamente ninguém, que não atirou pedra em ninguém, que não acertou nenhuma cabeça com barras de ferro, que não matou, que não representa risco para a sociedade, pague por um crime com tamanha severidade e seja reprimida de maneira tão estúpida pela sociedade enquanto outros torcedores criminosos muito mais perigosos, que já mataram, machucaram e deixaram outras pessoas inconscientes ficaram livres e passaram ilesos pelos julgamentos (quando foram julgados).

Sim, alguém tem que dar o exemplo, eu entendo. Acho lindo que o Rio Grande do Sul resolva fazer isso. Mas vamos combinar, isso dificilmente vai resolver o problema.  Prender a garota não vai resolver. Os casos de racismo dentro e fora dos estádios vão continuar existindo, sabe porque? Porque isso é um problema de educação básica, aquela que se aprende em casa. É muito maior do que isso.

Quando os pais olham um negro, um gay, um mendigo, um drogado, um cachorro vira lata e fazem comentários, viram o rosto ou exercitam aquela cara de nojo guardada para as piores coisas existentes no mundo, a criança entende que aquilo ali (seja o que for) não merece um pingo de respeito, amor, caridade, dó ou gentileza. Tá feita a merda. Daí pra frente, é só incitar um pouquinho e pronto - um passo para a violência.  


Se você quer realmente ajudar a acabar com o preconceito no mundo, comece mudando o seu comportamento. Olhe pra dentro de si mesmo e veja quantas vezes você teve reações preconceituosas com relação a seja lá o que for. Depois que você mudar isso, depois que fizer a sua parte passando isso pros seus filhos, aí sim poderemos discutir casos como esse sem ser ofuscados pelo sensacionalismo das pessoas, da mídia e da justiça. Antes disso, somos todos iguais. Não apedreje o teto do outro porque o seu também é de vidro. 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Revendo pingos sem i’s

Hoje fiz uma coisa que já não fazia há anos... Abri meu google drive (que na época em que eu ainda usava se chamava google docs). Abri para escrever uma “to do list” para poder acessá-la do trabalho, de casa ou do celular, enfim, para facilitar a vida.

É incrível como a vida reserva surpresas pra gente né?!?!

Abri o negócio e me deparei com textos inacabados desde 2009... De alguns eu me lembrava um pouco, de outros senti vergonha de ter escrito e de alguns outros ainda, eu sequer imaginava que tinha guardado em algum lugar. Tinha até o projeto de um livro (sim, eu fiz um projeto de livro).

Foi engraçado ver o jeito que escrevia há anos atrás. Foi também uma surpresa ler alguns textos tão profundos que me emocionaram ao ler, talvez pelo seu conteúdo tão sentimental. Ri de mim mesma em alguns momentos e chorei quando li um texto intitulado Dudu. O fato é que foi uma grata surpresa ter me deparado com uma Gabriela que não via há tempos e notar que, apesar de ter mudado muito, a essência continua a mesma.

Reler aqueles textos foi como receber hoje uma carta escrita por mim anos atrás. Estranho. Legal. Emocionante.

Vendo algumas linhas desconexas, sem sentido, soltas como se estivesse escrito para lembrar depois da ideia (e eu continuo fazendo isso até hoje), tive vontade de continuar o raciocínio de onde parei. Me contive. A facilidade de apagar e modificar o que foi escrito no computador quase me venceu, mas eu consegui segurar a vontade e deixar os arquivos preservados como se os tivesse escrito em uma folha de caderno.

Aos poucos, vou organizar as coisas para colocar aqui no blog.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Voa voa passarinha...

Vai lindinha, voa sozinha!

Vai ver como o mundo é grande e lindo por aí afora. Se aventura. Vive tudo que der intensamente. Aproveita cada segundo do teu primeiro vôo solo.

Não te preocupa que estamos aqui te esperando e prontos pra voar do teu lado caso precises. Se não precisar (tomara que não precise), estaremos aqui no ninho te esperando de braços abertos.

Quando a saudade bater (e ela vai bater), lembra que passa logo e que quando passar, tu vai morrer de saudades desse tempo. Por isso, faz tudo que der vontade que é pra não se arrepender depois.

Que teu vôo seja lindo, cheio de luz no caminho e pessoas legais pra dividir esse momento pelo trajeto longo que vais percorrer.


Te amo passarinha!

#DesafioNovoHábito - O fim do começo


90 dias são 90 dias. Não vou dizer que passaram rápido, bem pelo contrário... Agora sinto um misto de alívio com saudade...

Foram três meses desafiando a minha força de vontade todos os dias, vencendo cada batalha de uma imensa guerra interna que se instalou dentro de mim. Exagero? Pode até parecer, mas quem me conhece e sabe o tamanho da minha preguiça, sabe que é verdade.

O meu principal objetivo com esse Desafio foi criar o hábito de fazer exercícios todos os dias. Foi difícil e eu não teria conseguido se não tivesse dado o primeiro passo naquele dia 14 de abril. E o fato de compartilhar com todos o que eu estava fazendo foi uma estratégia que achei para cobrar de mim mesma os resultados diários. Não foi pra me promover bombar o face, encher o saco dos outros ou algo assim, eu realmente preciso prestar contas pra alguém (alguém que me cobre) e ficar com vergonha de não conseguir. Isso me motiva.

Objetivo atingido! Palmas pra mim!! Venci! Estou orgulhosa de mim mesma! Posso garantir que poucas sensações são melhores do que essa. Ver que você é capaz de fazer algo que todos duvidavam. Provar para si mesmo que sim, você consegue traçar metas e atingi-las.

Queria agradecer a todo mundo que acompanhou o desafio, seja lendo os posts do blog e do face, seja participando das minhas caminhadas, seja apoiando com mensagens e palavras amigas. Isso me surpreendeu positivamente pois, como já disse, o objetivo era ter comprometimento e quando comecei a receber incentivo das pessoas (conhecidas ou não) fiquei bem mais motivada e feliz. Obrigada de verdade!! Foi bem importante pra me fazer chegar até o dia 90!

E para quem já está se perguntando o que vai ser a partir de agora, se vou continuar e blá blá blá... O título desse post responde a pergunta. Esse foi só o fim do começo de uma longa jornada que vai durar pra sempre!

O que vai acontecer agora é que não vou mais incomodar todo mundo com meus posts diários. Não tenho mais aquela obrigação de postar todos os dias sem falhar um. E posso dizer que não preciso mais disso para me exercitar (vitória!!).  Mas não sei se vão se ver livres de mim por muito tempo... Já estou pensando nos próximos desafios... 


Durante esses três (longos) meses, algumas pessoas vieram conversar comigo parabenizando a iniciativa, dizendo que queriam fazer algo parecido mas que isso não era pra elas. Com essas pessoas quero dividir algumas das lições que tirei dessa caminhada, porque sim, a gente sempre aprende alguma coisa.

- Ache a sua motivação. Seja ela qual for. Encontre algo que realmente faça a sua força de vontade ser maior do que tudo. Depois disso, trace uma meta e leve isso a sério. Firme um compromisso com você (ou com os outros, como eu fiz) e a sua força de vontade vai aparecendo aos poucos. Ela existe, acredite!

- Peça ajuda, busque o apoio que você precisa. Isso é tão importante quanto achar a sua motivação interior. É muito mais fácil completar uma caminhada longa quando temos do nosso lado pessoas que vão nos apoiar nos momentos de fraqueza.

- Comece hoje! Dê o primeiro passo agora! Não tenha medo, não se ache incapaz, acredite em si mesmo! Levante a bunda do sofá e mexa-se!

- Vai dar vontade de desistir. Lute contra essa vontade. Você é mais forte que ela, você pode dominá-la. E se em algum momento você fraquejar, levante a cabeça e comece de onde parou. Não é vergonha pra ninguém recomeçar. 

- Acredite que é possível. Se eu consegui, você vai conseguir também!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

#DesafioNovoHábito - Resumo da Semana - Últimos dias!!

Enfim o fim!!
Os últimos dias confesso que foram os melhores!! Cada passo que dei foi um passo para a vitória!!
Venci!! Palmas pra mim!!
Obrigada a todos que acompanharam essa saga!!

Day 88
Day 89

Day 90



quarta-feira, 9 de julho de 2014

#DesafioNovoHábito - Resumo da Semana

Pois então... Faltam três dia só!!

Superação, força de vontade, saúde, perseverança, apoio, amigos... Poderia escrever muitas outras palavras pra descrever o que foi essa caminhada toda. Mas por hora, vou dizer o quanto estou orgulhosa de mim mesma por estar a três passos de completar esse que foi um grande desafio pra mim!

E essa semana o desafio teve participação especial e lugar especial!! Durante o final de semana em Curtitiba o desafio não parou e ainda fui acompanhada de dois curitibanos muito especiais que moram no meu coração, a Giana e o Vitor!

Day 79

Day 80

Day 81

Day 82

Day 83

Day 84

Day 85

Day 86

Day 87



Era uma vez o hexa...


Ontem o Brasil perdeu mais uma Copa do Mundo de futebol.

Mas não era qualquer Copa, era a Copa no Brasil. E também não foi qualquer derrota, foi uma goleada de 7x1 para a Alemanha, a provável campeã do mundo.

Foi triste, foi decepcionante, foi irritante ver o time do Brasil apagado em campo. Foi uma tragédia. 

Ninguém imaginou (nem no pior dos pessimismos) que o placar seria tão vergonhoso, mas aconteceu. Acontece. No esporte acontece, na vida acontece... Quem nunca perdeu e ficou com vontade de dar uma de avestruz e enterrar a cara na terra de tanta vergonha que atire a primeira pedra.

E como teve gente que fez isso... Muita zoação nas redes sociais (confesso que me diverti bastante com algumas), muita revolta, muitas palavras ofensivas, muitas críticas.

Mas o que me deixou mais “de cara” foi ver os narradores e comentaristas de futebol que antes da partida estavam idolatrando jogadores e comissão técnica começarem a abrir a torneirinha de asneiras depois do jogo.

É muito fácil criticar alguém quando não é você que está passando por aquele momento. É fácil julgar e dizer que teria dado certo assim ou assado. OIEEE!!! Quem é que sabe disso rapaz? Por acaso tem segunda chance na vida pra tentar de novo?

E não venha me dizer que eles não estão nem aí, que já ganharam dinheiro suficiente para estar lá e que depois do jogo vão embora para suas mansões tranquilamente. Pode até ser verdade, mas eu sei e você sabe que uma vergonha assim, vista por uma das maiores audiências de todas as Copas do Mundo não se esquece fácil assim.

Eu fiquei triste sim. Como todo brasileiro queria ver meu país hexa campeão do mundo e festejar como em 1994 e em 2002. Com certeza não queria ver os jogadores que deram tudo de si durante os 90 minutos dentro do campo (mesmo que o tudo de alguns seja tão pouco) chorando feito crianças de tanta vergonha.

Mas não é por isso que vou queimar as minhas bandeiras, deixar de cantar o hino nacional, mentir por aí que sou estrangeira ou rechaçar um dos nossos jogadores na rua.

Continuo sendo brasileira com muito orgulho do meu país e do povo ao qual faço parte.


Futebol é futebol, ponto final. Perdeu, aceita. A vida segue. 

terça-feira, 1 de julho de 2014

#DesafioNovoHábito - Resumo da Semana

Esse resumo de hoje não é bem da semana, já faz alguns dias que não posto as fotos, então aí vai!

Agora falta bem pouquinho para terminar o desafio e quase não acredito que já estou chegando ao final!!

PREGUIÇA 0 X 1 GABI

VITÓRIA!!

Day 67

Day 68

Day 69

Day 70

Day 71

Day 72

Day 73

Day 74

Day 75

Day 76

Day 77

Day 78

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Quando o olhar for mais forte que tocar, é amor

Quem nunca se perguntou o que é o amor? Quantas e quantas vezes sofremos por um amor não correspondido ou por um amor daqueles que machucam a gente?

O texto abaixo fala sobre um amor lindo e de verdade, daqueles que dura até o fim e faz querer viver para ficar junto.

Recomendo!!

Então é isso

Quando tinha 13 anos, pedi pra Júlia, dizer pra Ana Carolina, que eu gostava dela. Fiquei atrás da porta para escutar.

Julia: “O Ique gosta de você Aninha.”

Ana Carolina respondeu: “Ele é feio. Não gosto dele.”

Afastei da porta. Voltei pra casa chorando. Peguei um papel e escrevi: “O que é amor?”. Fiquei 20 minutos olhando para o papel. Dobrei e guardei. Se me permitem, depois de 20 anos, gostaria de continuar o texto.

Hoje quando cheguei em casa, vi minha mãe no quarto dos fundos, chorando. Corri para abraça-la. Ela chorando, disse: “Sinto falta do seu pai”

Respondi: “Eu também mãe.”

Ela: “Sinto falta do cheiro dele, do abraço, do beijo.”

Seguro o choro, e aperto mais forte o abraço.

Ela: “Sinto falta das viagens juntos, do ciúme dele, de como ele segurava a minha mão para atravessar a rua. Sinto falta dele abrir a porta do carro pra mim, de trazer flores toda sexta feira, do beijo de boa noite.”

Olho pra cima, respiro e seguro o choro.

Ela continua: “Sinto falta da voz dele, do som da risada, da mão dele pelo meu corpo.”

Começo a chorar e falo: “Mãe! Filho presente!”

Ela chorando, dá um sorriso e diz: “Seu pai era ótimo na cama!”

Enxugando as lágrimas respondo: “CARALHO MÃE!”

Ela sorrindo diz: “Sinto falta dele me chamar de ENE!, de dançar, do beijo de bom dia, do sexo pela manhã.”

Dei um beijo nela e disse: “Tudo vai ficar bem.”

Ela sorriu e foi se deitar. Vou até o quarto do meu pai. Conto o que minha mãe disse. Ele começa a chorar. Pega o ipad e escreve: “Amanhã, compre rosas vermelhas. Não deixe sua mãe ver.”

No outro dia, a noite, entro no quarto do meu pai. Ele escreveu: “Chame sua mãe.”

Ela entrou no quarto. Ele começou a escrever. Quando terminou, me entregou o ipad. Estava escrito: “Coloque a música dos Beatles: Yesterday. E entregue as rosas.”

Coloquei a música. Entreguei as rosas. Minha mãe começou a chorar. Continuei a ler: “Há 35 anos atrás, coloquei a sua música favorita e lhe pedi em casamento. Foram os 35 anos mais felizes da minha vida. Não quero que acabe. Por isso luto todos os dias para viver. Só para ter mais um dia ao seu lado. Para ter o seu beijo de bom dia. Sentir o seu cheiro. Seu abraço. Sentir o seu corpo encostando no meu. Escutar a sua voz, suave. Não posso falar, mas posso sentir, que você é o amor da minha vida. Agora… Pegue a mão da sua mãe, e a chame para dançar.”

Entreguei o ipad pra ele. Peguei a mão da minha mãe. Começamos a dançar. Ele passou a música sorrindo. Quando terminamos. Minha mãe pegou o ipad, estava escrito: “A única razão, de ainda estar vivo, é você.” 

Os dois se olharam, e as lágrimas escorriam na mesma velocidade. Naquele momento, descobri.


Quando o olhar, for mais forte que tocar, é Amor.

Texto original aqui.

domingo, 22 de junho de 2014

#DesafioNovoHábito – Apoio é tudo!

Hoje faz 70 dias que o desafio começou. Isso quer dizer que faltam 20 dias para terminar! Uhuull!!

Quando comecei o desafio até as pessoas mais próximas duvidaram de mim. Diziam que eu não ia conseguir, que duvidavam que eu não falhasse um dia, que não acreditavam que eu tivesse força de vontade suficiente para levar isso até o final. Depois dos primeiros trinta dias, ainda ouvi dessas mesmas pessoas que elas ainda não tinham certeza se eu conseguiria, afinal, faltavam 60 dias. E continuo ouvindo isso até hoje, faltando 20 dias para o final do desafio.

No início me chateou um pouco. Eu pensava: “Poxa, eu não sou digna de confiança mesmo! Ninguém acredita que eu vou conseguir...”. Mas logo depois percebi que ao mesmo tempo que essas pessoas tão próximas e tão amadas me desafiavam, também me davam a força e o apoio que eu precisava para seguir em frente!

O apoio deles foi fundamental nessa caminhada e, agora que ela está na reta final, tenho certeza que nenhum deles duvidou de mim nenhum momento, mas como me conhecem muito bem e sabem que eu preciso ser desafiada constantemente, foi a forma que encontraram para me ajudar.

O apoio das pessoas que amamos e confiamos é muito importante pra tudo na vida, principalmente nos momentos de dificuldade. Não sinta medo ou vergonha de pedir e de receber esse apoio. É isso que vai fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso. As pessoas que estão do teu lado, que acreditam e torcem por você, isso sim, faz a diferença para lidar com os obstáculos externos, aqueles que não dependem de nós, que não moram dentro da gente.

Alguns dias foram bem difíceis... Tive uma gripe que quase me derrubou, muito trabalho para fazer e pouco tempo sobrando para me exercitar, e foram nesses momentos que o apoio dessas pessoas fez a diferença. Elas vinham, me lembravam o quão importante isso era pra mim e saiam comigo para caminhar, correr ou ir para a academia.

Só tenho a agradecer a eles pela (des)confiança e pelo apoio!!

Obrigada!!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Sobre plantar e colher


Alguns momentos na vida temos a certeza de que estamos no caminho certo. Certeza de que vamos chegar em algum lugar legal, mesmo que não tenhamos certeza de onde exatamente queremos chegar. Nesses momentos é preciso acreditar, afastar as dúvidas e medos que vão aparecer (e acredite, eles serão muitos) e confiar no que está sendo preparado para o futuro.

Colhemos aquilo que plantamos.

Não fique esperando de braços cruzados aquela única semente que um dia, muito a contragosto você plantou, crescer e dar frutos suficientes para o resto da vida. Isso não vai acontecer. É preciso plantar e deixar que o tempo faça o seu trabalho.

Plante sempre! Nunca se esqueça que cada passo dado é uma semente plantada. Faça isso sempre da melhor maneira possível e os frutos que você vai colher serão lindos e gostosos.


Os frutos podem demorar a aparecer, mas se você semear muitas sementes vida afora, na hora de colher, colherá muitos frutos, tantos que não caberão nos seus braços e você terá que dividir com os outros. Então, nesse momento, descobrirá que dividir também é uma maneira linda de plantar.

#DesafioNovoHábito - Resumo da Semana

Parece que passou tão rápido... Já faz mais de dois meses que comecei o desafio e agora falta tão pouco para completar os 90 dias...

A boa notícia é que, cada vez mais, eu sinto vontade e necessidade de fazer o exercício diário. Parece mentira porque eu nunca achei que isso pudesse acontecer comigo, mas quando chega no final de semana já estou pensando qual vai ser a caminhada que vou dar, até onde vamos (sim, porque eu sempre tenho companhia pra caminhar, outra coisa incrível!)...

Muitas pessoas tem me elogiado e notado os resultados do desafio nesses mais de 60 dias e me perguntam o que vai acontecer depois que o desafio acabar. O que eu respondo é que a ideia do desafio é justamente fazer com que se torne um hábito, ou seja, vou continuar pelo resto da vida a fazer os meus exercícios diários.

Até agora tenho estado muito satisfeita com os resultados, não só os visíveis no espelho, mas os resultados de satisfação, auto-estima e força de vontade. Aliás, descobri dentro de mim, uma força de vontade que nem sabia que existia e isso me deixa extremamente feliz!

Seguem as fotos os últimos dias, acumulados pela falta de tempo de postá-las aqui no blog.

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quarta-feira, 4 de junho de 2014

#DesafioNovoHábito - Resumo da Semana

Hoje uma gripe me pegou de jeito e quase que me venceu... Confesso que às vezes é bem difícil arrumar tempo, forças e motivação pra não jogar tudo pro alto. 

Cada vez mais me convenço que fazer exercícios é uma coisa que a gente tem que encarar como uma obrigação diária, como escovar os dentes ou tomar banho. Com o tempo a gente começa a sentir falta, mas não é de uma hora pra outra. 

Ontem o Desafio Novo Hábito ganhou uma grande aliada, a Lu, minha nutricionista, minha e de toda a família. Faltam menos de 40 dias para terminar o desafio e esse era o gás que faltava para seguir até o final e chegar no resultado!

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