segunda-feira, 30 de abril de 2012

Diário de Viagem – Profissão: trabalhador de rua


Nunca vi um lugar com tanta gente trabalhando na rua como Londres. É gente fazendo malabarismo, estátua viva, fantasia de personagem, gente dançando hip hop, fazendo bolha de sabão, mágica, gente cantando e tocando instrumentos então é o que mais tem.

E não é difícil encontrar coisas de qualidade não, pelo contrário. Se eu fosse dar uma moeda para cada um que achei legal, eu ia à falência.

E sabe que tem gente que faz isso há anos? Gente que sustenta a família e que não ganha pouco não, só fazendo apresentações na rua. Conversei com um malabarista depois do show e ele me disse que colocou os dois filhos na faculdade e pagou toda a escola dos guris com o dinheiro que ganha na rua. Disse também que adora o que faz e que não trocaria esse trabalho por nenhum outro, porque ali ele tem contato com as pessoas, escuta o retorno, as risadas, e se sente satisfeito e feliz.
 
Interessante o jeito que eles veem esse tipo de trabalho. A grande maioria, faz uma super produção, com amplificadores, cenários, roupas diferentes, equipamentos, tudo para fazer as pessoas que estão passando perceberem que aquilo ali não é só mais um “showzinho”, é um “show” de verdade e que tem que ser respeitado. Se você parou, viu, riu, se divertiu, nada mais justo do que pagar por isso. E a grande maioria das pessoas paga. Uma moeda, não importa o valor, já é suficiente.

domingo, 29 de abril de 2012

Diário de Viagem – Dez horas em Paris


Depois de um pacote cancelado, discussão (em inglês) no telefone, cancelamento e remarcação de viagem, finalmente consegui pegar o “trem bala” para conhecer a cidade mais romântica do mundo, Paris!

Um dia é muito pouco pra curtir tudo o que ela tem a oferecer, mas eu juro que tentei! Uma cidade linda, cheia de história, romântica, completamente turística e, é claro, muito, muito, muito cheia!

Logo que cheguei fui a Catedral de Notre Dame. Um prédio maravilhoso, que por si só merece um tempo para perceber os detalhes, se não, é bem possível sair de lá sem ver as famosas gárgulas.

Catedral de Notre Dame
Caminhando pela cidade (que para mim é o melhor jeito de fazer os passeios turísticos), cheguei ao Museu do Louvre, um dos maiores e mais famosos do mundo. Depois de uma hora na fila, consegui entrar. Como meu tempo era curto, fui direto ao ponto: Monalisa.

Museu do Louvre - La Gioconda / Monalisa
Saí de lá e fui caminhando pela Champs-Élysée, uma rua muito famosa pelas lojas de luxo, restaurantes, cafés e cinemas, até o Arco do Triunfo, monumento construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão.

Champs-Élysée
Arco do Triunfo
Minha última parada foi a Torre Eiffel. Impossível estar em Paris e não subir até o topo da Torre. Mas será que vale duas horas em pé na fila? Para mim valeu. É claro que o fato de eu estar sozinha em um lugar onde estar com um “par” é pré-requisito, me deixou um pouco entediada, mas quando cheguei lá em cima, a vista, apesar das muitas nuvens e da neblina, foi recompensadora. Descer é que foi outra longa espera... 
Torre Eiffel
Por incrível que pareça, não comprei “nadica” de nada em Paris. Concentrei toda a minha atenção no roteiro turístico que tinha em mãos e não parei em nenhuma loja pra ver absolutamente nada. Cada minuto era precioso e eu sabia perfeitamente disso.

Adorei a viagem mas não aproveitei como deveria ser. Essas dez horas em Paris me trouxeram uma certeza: preciso voltar pra ver tudo com calma e com a merecida atenção. E da próxima vez, devidamente acompanhada, é claro. 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Diário de Viagem – Falando sozinha


Às vezes me dá um desespero, acho que não aprendi nada de inglês, que vou voltar falando a mesma coisa que antes, que só gastei dinheiro a toa... Eu sei que não é verdade, sei que aprendi muita coisa, sei que cada dia é uma prova, sei que estou me virando super bem desde que cheguei, mas mesmo assim, às vezes, ainda penso do jeito errado.

Mas essa semana, acho que cheguei naquele ponto em que a gente sabe que o inglês está entrando na gente. Estava pensando e falando sozinha quando me dei conta de que não sabia determinada palavra. Foi aí que percebi que isso tudo era em inglês.

Pra mim que nunca gostei da língua e que sempre tive minhas piores médias na escola em inglês, isso, por si só, já é uma vitória. Hoje posso dizer que gosto de estudar inglês e que vou continuar praticando pra não perder nunca o que ganhei aqui.

Ponto pra mim!

Diário de Viagem – A palavra é... ADAPTAÇÃO


Antes de viajar, li uma frase de um autor que não costumo ler, Paulo Coelho. Confesso que nunca li um livro inteiro, mas estava lendo um de crônicas sobre viagens onde ele escreveu a seguinte frase:

“Seus referenciais mudam e você passa a depender dos outros. É preciso reduzir tudo, da roupa às exigências. Isso ajuda a perceber que a vida é simples. Longe do conforto do conhecido, tudo vira lar”.

Verdade. A mais pura verdade!

Uma experiência como essa que estou vivendo transforma completamente a maneira de ver o mundo. Percebemos que ele é muito maior do que parece ou do que conhecemos. Percebemos que é preciso mudar algumas coisas em nós mesmos para receber o novo, o diferente. Aprendemos a fazer coisas que nunca fizemos antes. Colocamos em prática toda a educação que temos e lembramos de coisas que ouvimos há muito tempo atrás. Comemos aquilo que nunca imaginamos e mudamos alguns conceitos pessoais. Aprendemos que a palavra ‘nunca’ pode ser substituída facilmente pelo ‘talvez’ ou ‘quem sabe’.

Sair da zona de conforto dá medo, intimida, assusta, mas não dói. Talvez no começo doa um pouco, mas logo passa e a gente aprende a fazer aquilo que nossos ancestrais sempre fizeram: se adaptar. 

terça-feira, 24 de abril de 2012

Diário de Viagem – Contando moedas


Se tem uma coisa que me faz passar vergonha aqui em Londres são as moedas.

Quando tenho que pagar alguma coisa, sempre que posso evito as moedas. Mas às vezes fica difícil. Minha niqueleira ficou tão cheia que chegou a arrebentar...

2 e 1 pounds, 50 e 20 pence
10, 5, 2 e 1 pence
O problema é que as moedas são todas diferentes e de tudo que é valor. E aqui não tem essa de ficar devendo um centavo ou de troco em bala, se o troco é 93 “pence” (o centavo do pound), a pessoa vai te dar 93 certinho, nem um “pence” a mais, nem um a menos.

Imagina a cena: fila pra pedir o sanduiche. Logo aí já encontro o primeiro obstáculo, o que escolher. Geralmente tem várias opções e quero saber o que é cada uma, logo, é preciso ler as identificações. Depois de escolher um sanduíche onde eu conheço 80 por cento dos ingredientes, vou pra fila. Chego no caixa, a pessoa fala muito rápido mas como já estou acostumada e, mais ou menos, sei a sequência de perguntas, sem problemas. Na hora de pagar ela diz 3,75. Olho na carteira, nenhuma nota. Só moedas. Desespero! A fila atrás de mim cresce, as pessoas ficam impacientes enquanto eu conto as minhas inacabáveis moedas na frente do caixa. Começo a suar, ficar nervosa, perco a conta, recomeço, desisto. Peço ajuda a pessoa do caixa para contar as moedas e ela faz isso com uma facilidade que me faz sentir uma criança quando vai comprar balas pela primeira vez na venda da esquina e não tem a menor noção do valor do dinheiro que carrega.

Vergonha!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Diário de Viagem – Liverpool and The Beatles


Como descrever a sensação de estar em um lugar onde sabemos que uma das bandas mais famosas do mundo começou sua carreira? Missão difícil...

Nesse final de semana fui a Liverpool para conhecer um pouco mais sobre a história dos Beatles e pra visitar alguns lugares por onde estiveram, as ruas onde cresceram e a cidade que até hoje é lembrada por ser o berço dos quatro meninos que a fizeram inesquecível quando se fala de música.



Para começar, uma longa caminhada pela cidade só para conhecer o território. A primeira parada obrigatória é ‘Beatles History Exhibition’. Toda a história da banda que começou em 1956, gravou treze álbuns em 8 anos, virou febre mundial e tudo isso sem perder a ternura e a rebeldia da juventude. E pensar que todas as gravadoras recusaram os garotos no começo...

Fotos, vídeos, objetos, textos, reprodução de lugares, roupas, músicas, comentários, desenhos, jornais, cadernos com anotações, discos, uma infinidade de coisas que nos fazem reviver tudo nos mínimos detalhes.

Mas o auge da minha rápida passagem por Liverpool foi quando entrei no ‘Cavern Club’. Impossível descrever a sensação de estar no lugar onde eles começaram, onde se apresentavam sem compromisso, sem imaginar que um dia seriam o que foram.

Descendo as escadas, pude notar que o cheiro é exatamente como Paul descreve “suor, detergente de banheiro, cerveja e umidade”. Quando entrei, uma banda estava tocando rock, acho que ‘Rolling Stones’. Mas meu coração acelerou quando começaram a tocar “She Loves You” e todo mundo acompanhou. Foi como se todos que estavam ali estivessem esperando por esse momento.

Infelizmente, não tive oportunidade de vê-los no palco. Mas poder sentir um pouquinho dessa sensação foi simplesmente emocionante.


Obrigada pai por me apresentar a música boa e me ensinar a gostar de tudo que tem qualidade. Não tenho palavras pra agradecer...


Obs.: Seria injusto dizer que esta é minha preferida, mas com certeza é uma das mais bonitas...

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Diário de Viagem – Unhas


Se tem uma coisa que me tira do sério aqui, são as unhas das mulheres. Porque é que elas não cuidam das unhas? Não quer pintar, pelo menos tira o esmalte!

Pode parecer que é coisa de mulher fresca, mas não é. Pra mim, é uma questão de higiene. Não precisa pintar de vermelho, só precisa cuidar, entenda-se, cortar, limpar, lixar, essas coisas básicas.

Nunca vi nada parecido! Fico chocada cada vez que vejo... E olha que já vi muitas, é muito comum por aqui andar com as unhas mal feitas. 

Cada vez que vejo lembro da minha mãe mandando tirar o esmalte quando já está ficando feio. "Que coisa mais porca guria! Vai tirar esse esmalte já! Credo!". Ela ia ficar horrorizada.

E acho que não sou só eu que fico chocada, porque esses dias fui colocar crédito no cartão do metrô e o atendente elogiou minhas unhas (que para mim, estavam mal-feitas). Coitado... Deve ver cada coisa durante o dia...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Diário de Viagem – Óculos de sol X guarda chuva


Hoje ouvi uma que é muito real: duas coisas que sempre tenho que ter na bolsa em Londres são o óculos de sol e o guarda chuva. 

Nunca vi tempo tão louco! É capaz de mudar três ou quatro vezes no mesmo dia.

Ontem o dia amanheceu chuvoso e muito frio. No meio da manhã o sol apareceu. No início da tarde choveu granizo, logo em seguida sol e calorzinho. No fim da tarde, frio e mais chuva. E hoje foi a mesma coisa.

Agora me diz... Como é que a pessoa escolhe uma roupa pra usar? Efeito cebola todos os dias! Vivendo no tira casaco, bota casaco...

terça-feira, 17 de abril de 2012

Diário de Viagem – Turismo

Em Londres o turismo é uma preocupação primordial. É fácil se locomover, é fácil achar os pontos turísticos, tem placas espalhadas por todos os cantos, mapas em cada estação de metrô e parada de ônibus, as vezes, indicações em mais de uma língua.

Tudo isso mostra uma cidade que está se preparando para receber os jogos olímpicos, que começam no dia 27 de julho, e que se preocupa em fazer com que o turista se sinta bem aqui.

É incrível a diferença entre uma cidade que se valoriza, e uma que não dá muita atenção a isso. Propaganda. Essa é a palavra certa. Cada esquina tem um mapa com os principais pontos turísticos da cidade.

Todos os dias, visito algum ponto turístico da cidade ou algum lugar interessante. Cada um desses lugares tem, na saída, uma loja com “quinquilharias” para comprar. E, diga-se de passagem, estão sempre cheias. Os turistas adoram.

O raciocínio é lógico: a pessoa entra em determinado lugar, faz uma visita guiada que conta todos os pontos importantes, emocionais e históricos do local, se sensibiliza e na saída, compra. Os produtos são caros e nem por isso de boa qualidade. Por exemplo, uma caixinha de chá inglês que ali custa oito pounds, em outro Market qualquer, a mesma caixinha vai custar no máximo seis.

A maioria dos museus são pagos. E não são muito baratos não. O mais barato que paguei foi cinco pounds. Na maioria das vezes, no valor está incluso o fone com a visita guiada, onde podemos andar pelo local no nosso tempo, independentemente de guia ou grupo, o que é bem melhor.

É claro que se juntar tudo que já gastei só em museus dá uma quantia razoável, mas acho isso interessante porque é uma maneira de manter o espaço vivo, limpo e bem cuidado. Só entra ali quem realmente quer conhecer e saber sobre aquela determinada história.

E não tem aquele papo de que cobrando o povo não vai. Está tudo sempre cheio, independente do dia da semana, sempre tem gente transitando nos lugares mais famosos de Londres.

Definitivamente nós, brasileiros, não sabemos nos vender. Com tantas coisas lindas no nosso país para serem mostradas, a única coisa que os estrangeiros sabem sobre nós é “Pelé, Ronaldinho e samba”. Parece mentira, mas é a mais pura verdade.

2014 está chegando e temos muito o que aprender! A começar pela propaganda de nós mesmos. 

domingo, 15 de abril de 2012

Diário de Viagem – Vergonha? Que vergonha?

Já faz cinco semanas que estou aqui. Nesse meio tempo, aprendi muitas coisas. Algumas já mencionei e outras ainda não, mas uma grande coisa que aprendi é que vergonha é uma coisa que não existe.

Na hora da necessidade, não há vergonha que resista. Ela some rapidinho...

Não tem essa de falar errado ou falar certo, o negócio é se comunicar. Sabe aquele ditado que diz que só se aprende errando? Pois é! Quando erramos e alguém nos corrige, é bem mais difícil de esquecer. Aos poucos a gente vai aprendendo a falar certo, a pedir informação de um jeito mais “polite” e por aí vai.

Quando pisei em solo britânico pensei: “Putz! E agora?”. Logo nos primeiros minutos já tive que me desdobrar com a mulher da imigração que pegou no meu pé. Fez milhares de perguntas, contou meu dinheiro e me deu a primeira lição de inglês que eu jamais vou esquecer: quando usar “what?” e quando usar “sorry?”.

Deixei minha vergonha no avião. Tive que me virar com o inglês que eu sabia (que descobri não ser tão pouco quanto imaginava) e tudo correu bem até agora. Já pedi informação, já dei informação, já conversei com estranhos, já fiz amizades num pub, já troquei e-mails com um professor, já falei no telefone com uma agência de turismo...

Não sabe? Pergunta. Não entendeu? Pergunta de novo.

Ás vezes é melhor pedir uma informação do que ficar rodando, rodando, rodando pela cidade com o mapa na mão e com cara de turista. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Diário de Viagem – Olhe para os dois lados

Uma das coisas mais comentadas sobre Londres é a tal mão inglesa. Aqui o trânsito é completamente virado no avesso. Sabe tudo aquilo que a gente sabe de trânsito? Esquece. Não se aplica aqui.

Só para começar, o motorista fica do lado direito do carro. A partir daí, troca tudo de lado pronto! Tá feita a confusão. É tão diferente que lá pelas tantas a gente já nem sabe mais o que é esquerda e o que é direita, o que é certo e o que é errado. Sim, porque até na escada tem o lado que sobe e o lado que desce, não sei bem qual é o lado, sempre dá aquele nó no cérebro. Para não errar, sigo o fluxo.

Deixei pra escrever sobre isso só agora porque queria dar um tempo para o meu pobre cérebro se acostumar com a dita cuja. Impossível! Já se passou um mês e ainda não tenho a menor idéia de que lado tenho que olhar quando atravesso a rua.

Conselho número 1: “Na dúvida, olhe para os dois lados”.
Sabe quando somos crianças e estamos aprendendo a atravessar a rua? É só lembrar aquilo que a mamãe sempre dizia “Olhe para os dois lados antes de atravessar a rua”. Não tem erro! E como Londres é uma cidade cosmopolita, em algumas sinaleiras, no chão tem uma flecha dizendo para que direção devemos olhar.



Conselho número 2: “Nunca ande com pressa”.
Mais um clichê “A pressa é inimiga da perfeição”, nesse caso, a palavra perfeição pode perfeitamente ser substituída por vida. Não interessa o quão apressado esteja, não somos britânicos e ponto final. Não nascemos aqui, não sabemos pra que lado olhar e sempre vamos precisar parar pra pensar antes de olhar para o lado certo.

Conselho número 3: “Confie no sinal e não nos outros pedestres”.
Não é raro ver o sinal fechado para os carros e para os pedestres. Quando isso acontecer, o melhor a fazer é esperar o sinal. Se está com pressa, novamente, olhe para os dois lados. Sempre tem aquele que passa correndo e aquele monte de gente que vai atrás. Mas... se o sinal está vermelho, algum motivo tem né? Já vi vários “quase” atropelamentos de turistas por causa disso.

Uma última coisa a falar sobre o trânsito dessa cidade maravilhosa é que os motoristas são tão ou mais estressados que nós brasileiros, e dirigem muito, muito, muito rápido pelas ruas estreitas que não raramente tem carros estacionados dos dois lados. Logo, atravessar a rua ás vezes é uma aventura e tanto.  

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Diário de Viagem – Conhecido X Amigo

Longe de casa, em uma cidade estranha, com uma língua completamente diferente, sem a família por perto, sem os amigos, sem ninguém pra dizer o que fazer. Essa é a situação de todos os estudantes como eu, que vem estudar inglês em Londres.

Todos estão carentes, por isso, conhecer pessoas na escola é muito fácil. Todos estão abertos para conversa. Meia dúzia de palavras trocadas e já ficou marcado um pub depois da aula ou uma volta em algum lugar desconhecido para ambos.

Pode não parecer, mas é um pouco difícil fazer amigos de verdade. As pessoas vem e vão toda hora. Cada segunda-feira chega gente nova na turma e toda sexta-feira alguém se despede. Conhecemos muita gente, do mundo todo, mas amigos mesmo é difícil.

Eu mesma tenho uma amiga de verdade aqui. Mas amiga daquelas que um só olhar basta pra dizer tudo. Fazemos muitas coisas juntas e damos muitas risadas. Às vezes o silêncio vem, mas nunca incomoda. Conversamos muito, sobre diversos assuntos, temos muito em comum. E acima de tudo, compartilhamos essa experiência nova pra nós duas.

Posso dizer que minha vinda a Londres, além de todo conhecimento e toda visão de mundo que me deu, me rendeu uma grande amiga. Só por isso já valeu!

Eu e Christa

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Diário de Viagem – Gardens & Parks

Algumas coisas são muito peculiares aqui em Londres. Já citei algumas e com certeza citarei muitas mais, mas hoje, vou falar de duas em especial que me chamam muita atenção sempre que caminho nos parques e jardins da cidade: a limpeza e a harmonia em que vivem os animais e os homens.

Existem muitos parques e jardins aqui, cada um com seu tamanho, com sua história, suas particularidades, seus públicos e sua vida. Sim, vida. Cada um desses lugares é cheio de vida.

E essa vida toda fica ainda mais bonita de se ver quando não encontramos nenhum papel, nenhuma “bituca” de cigarro, nenhum cocô de cachorro no chão. E isso que não tem muitas lixeiras espalhadas pela cidade.  

Patos, cisnes, esquilos, corvos, pombas, gansos, todo esse tipo de animal vive em harmonia com as pessoas que passeiam pelos gramados. Eles chegam tão perto de nós que é possível tocá-los. Não existe nenhuma grade, nenhuma espécie de gaiola que os mantenham presos naquele determinado local, pelo contrário, eles ficam ali soltos, andando pela grama, atraindo a atenção dos turistas e ganhando comida. É tão bonito de se ver que é possível ficar horas observando a interação entre os bichos e as pessoas.

É impossível não comparar com os parques que temos no Brasil, por exemplo, onde muitos animais fogem de medo das pessoas porque não raramente, são alvo de maldades. E quanto ao lixo na rua, isso não merece nem comentário. Se resume em uma só palavra: educação. Temos muito que aprender ainda...

Green Park

Kensington Gardens

Kensington Gardens

Kensington Gardens

St. James's Park

St. James's Park

St. James's Park

St. James's Park

St. James's Park