terça-feira, 29 de setembro de 2009

Lembranças da infância

Quando morei em Brasília, nosso apartamento tinha uma sacada gigantesca (não sei se acharia ela tão gigantesca hoje, mas na época ela me parecia). Tínhamos muitos amigos e descíamos todos os dias pra brincar com eles na “cancha” da quadra.


Hoje uma lembrança em especial veio à tona com todas as forças... Naquela sacada imensa tínhamos três redes e ficávamos ali, eu e minha irmã, brincando, balançando, caindo, brigando e um dia observamos que um grupo de beija-flores sempre ficava ali perto. Resolvemos fazer aqueles bebedouros de beija-flor que se coloca na janela. Observá-los virou uma rotina. Ficava por horas olhando sem cansar.

Hoje, quando cheguei no trabalho, vi que tinha um pequeno beija-flor se debatendo contra o vidro espelhado do prédio. Não tive dúvida. Larguei minhas coisas e fui ajudar o pobrezinho.

Fiquei feliz. Ganhei meu dia. Salvei uma vida e me lembrei das coisas boas dos velhos tempos (não tão velhos assim ok?!).


1 mês e 1/2

Não importa quanto tempo passe. Não importa quanta coisa aconteça. Tu sempre estarás na minha vida. Presente. Como sempre!

Em cada sorriso, em cada olhar, em cada palavra me lembrarei de ti.

É difícil sem você. Tenho sido muito forte pra suportar a saudade. Forte como tu sempre disse que eu seria quando preciso.

A saudade machuca. Dói saber que as coisas mudaram e que nada será como antes.

Sim. Eu entendo. As coisas são assim. A vida é assim. Mas agora, que já faz algum tempo e a raiva passou, posso dizer o quanto sofro com a tua ausência, mesmo sabendo que jamais saberás disso, que nunca terás a chance de ler o que escrevo ou escutar o que eu digo novamente.

Aproveitamos nosso tempo junto. Foi maravilhoso. Só ficam as boas lembranças. Obrigada por tudo!

Só queria que pudesses me ver daqui pra frente, na formatura, no casamento, nas viagens que farei, no nascimento dos meus filhos.

Eu sei, eu sei. Parece que posso escutá-lo dizendo que estarás sempre comigo. Mas por favor, entenda, nunca mais será como antes. Nunca mais!

De agora em diante o teu trabalho de cuidar de mim continua, talvez até mais difícil.

Boa sorte pra nós. Cada um no seu lugar...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Êia peste!

A garganta dói, engolir a saliva dói, tossir dói, respirar dói, andar dói, rir dói, tudo dói. Pode parecer exagero, mas não é. Parece que um caminhão passou por cima de mim!

É, eu não escutei minha mãe nem meu pai quando disseram pra não sair de cabelos molhados na rua, pra não pegar chuva, pra levar o casaquinho, pra trocar a roupa molhada quando cheguei em casa, nada disso... Resultado: a peste!

Tudo que eu queria agora era ficar em casa, debaixo das cobertas, tomando aqueles chazinhos anti-térmicos, com muitas cobertas em cima, mas...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Papo de ônibus

Feliz ou infelizmente, sou uma pessoa que anda muito de ônibus (muito mais do que gostaria, mas fazer o que?!?!). Por causa disso já presenciei muita coisa estranha, engraçada, triste, bizarra e por aí vai.

Já vi gente chorando e quis oferecer meu ombro desconhecido, já quase fui assaltada, já rolei por causa de uma freada do motorista, já peguei uma chuva do cão e fiquei de cara quando o ônibus passou e molhou todo mundo na parada, já comprei bala, pipoca e mandolate do ceguinho, já xinguei o motorista por ir se arrastando quando eu tava atrasada, já fiquei com a bolsa presa na roleta, já vi casais brigando por nada, já escutei a conversa dos outros e quase perdi a parada, já perdi o ônibus enquanto eu tentava atravessar a rua, já vi acidente feio, já fiz amizades na parada e dentro do ônibus...

Hoje, eu queria falar sobre aquelas pessoas estranhas que nunca se viram na vida e começam a conversar com a pessoa do lado como se já se conhecessem há tempos.

Tudo começa assim:
- Com licença?
- Claro!
- Obrigado.

Geralmente a coisa para por aí. Mas quando evolui...

Primeiro se fala do tempo, depois do trânsito, daí um dos dois conta alguma coisa pessoal, e a conversa engata até que alguém aperte a campainha para descer.

- Tchau, foi um prazer!
- Igualmente. Tchau!

E só quando desce, você se dá conta que nem o nome daquela pessoa perguntou.

Fala a verdade, nunca aconteceu com você?

Comigo já!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Xô mau humor!!!

Cheguei em casa ontem (depois de horas esperando um ônibus que não veio, até que fizeram o favor de me dar uma carona) extremamente chateada com algumas coisas que aconteceram.

Quando sentei pra jantar, minha mãe vem toda faceira mostrar sua nova aquisição: um livro.

O título eu não me lembro, mas era de auto-ajuda (normal). Só lembro que quando comecei a folhear pra ver do que se tratava, meus olhos bateram de cara no capítulo "O mau humor é uma doença que contamina as pessoas".

Li...
Reli...
Li de novo...
E mesmo assim não acreditei...

Com mais de 200 páginas pra abrir eu fui parar justamente nessa?!?!

Sim! Meu humor mudou na hora.

Não tem como ficar de mau humor depois de uma coincidência como essa. Impossível!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

(in)Justiça Divina

Hoje eu tô com raiva do mundo!!!

Uma raiva muito bem fundamentada em questões como: "Porque é que na maioria das vezes as pessoas boas, competentes e capazes perdem lugar para as pessoas que simplesmente tem contatos ou “QI” e nada mais?".

Fico indignada de ver tanta gente imbecil tomando conta de coisas importantes sem a menor capacidade para tal, de ver aqueles colegas que não fazem porcaria nenhuma na faculdade com empregos maravilhosos, enquanto os outros, que fazem a grande maioria dos trabalhos, passam seis horas por dia em um estágio que não paga nem um terço da faculdade.

Isso realmente não é justo!!! Não é!!!

Tenho tentado me convencer diariamente de que no futuro essas pessoas abusadas não vão se dar bem, que o mundo gira, que um dia se está por cima e no outro por baixo, que Deus escreve certo por linhas tortas, que a justiça divina é mais forte do que qualquer outra e que Ele está olhando lá de cima.

Mas HOJE, especialmente HOJE, eu acordei revoltada e com raiva de tudo isso.

Complicações do Coração

Coração é uma coisa complicada... Faz a gente gostar de alguém e não querer ver a pessoa nem pintada de ouro ao mesmo tempo, faz mostrarmos o nosso lado mais doce e o mais cruel em questão de segundos...

Como é ruim fazer alguém sofrer...
Pior ainda quando se quer bem essa pessoa...

Logo eu que odeio ver esse tipo de coisa me encontro hoje em uma situação onde não há escapatória, fiz e faço alguém sofrer...

O pior de tudo é saber que um dia o sofrimento foi amor e por pouco não acabou em casamento...

Mas eu sei que se hoje esse alguém sofre com o meu descaso e a minha indiferença, é porque é melhor assim. Eu sei o que quero, sei também o que não quero, e se estou agindo assim, é pra evitar dar esperança e causar maior sofrimento depois.

Os erros, as culpas, as responsabilidades, o orgulho... Nada disso importa mais.

É difícil explicar... Faço isso porque ainda sinto alguma coisa, não quero vê-lo pior, mas também não quero vê-lo tão perto. Complicado, eu sei.

Espero que um dia, daqui alguns anos ou meses (quem sabe?), eu possa explicar tudo isso e que depois possamos rir, brincar e fazer piadas como sempre...

Ando um pouco emotiva... Segue um poema que tem tudo a ver com o que sinto neste exato momento... Um dos mais lindos do Vínicius de Moraes (minha opinião).

SONETO DE SEPARAÇÃO

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Gracias

É claro que a gente sabe que a Internet é aquela coisa pública, que todos podem acessar e tal, mas... sinceramente, quando fiz o blog, não achei que as pessoas leriam, fiz mais porque escrever sempre foi uma maneira de colocar pra fora o que eu sinto.

Claro!! Me apaixonei!!

O mais legal disso tudo, é ver que as pessoas lêem o que escrevo e melhor ainda... comentam, se não aqui, pessoalmente.

Me surpreendi quando li o comentário do Samuel Braz, de São Paulo. Não sei como me achou aqui, mas fiquei feliz de saber que gostou do que escrevi. Adorei o comentário!

Mas... confesso que com isso fiquei pensando no seguinte: "Nossa! Tem pessoas lendo o que escrevo. Não posso escrever besteiras!".

Vou tentar não pensar muito nisso. Se pensar não vou escrever nunca. Nunca acho que está bom. Como boa perfeccionista que sou, sempre vejo coisas a melhorar.

Enfim...

Obrigada pela atenção e pelos comentários.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Olhar de Coruja



Ontem à noite quando cheguei em casa, dei de cara com uma coruja. Grande. Linda.

Ela olhava no fundo dos meus olhos como se soubesse exatamente no que eu estava pensando. Foi como se eu não tivesse segredo nenhum naquele momento.

Um olhar inquietante, obscuro, sábio, misterioso e ao mesmo tempo lindo e hipnotizante.

Demorei uns cinco minutos ali, naquela troca de olhares, até que ela virou as costas pra mim, abriu as asas e sumiu na noite.

Olhar de coruja...


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Barriguinha sexy

Passeava pelo Twitter quando li a seguinte frase: “Homens preferem mulheres curvilíneas”. Na mesma hora fui ver a que tipo de curvas se referia a matéria.

Dei de cara com essa foto da modelo Lizzie Miller de 20 anos, que saiu na revista americana Glamour:



A matéria fazia referência a uma enquete feita com os ouvintes do programa Polêmica da Rádio Gaúcha, onde 90% dos homens responderam que preferem as mulheres curvilíneas às magras.

Não posso esconder a minha felicidade ao ver a foto. Assim como milhares de mulheres “curvilíneas”, eu pensei: “Nem tudo está perdido!”.

É fato! A esmagadora maioria das mulheres leva consigo a famosa “barriguinha”. A foto é uma prova de que, mesmo com ela, é possível ser linda, sexy e gostosa.

Agora me diz...

Quem foi que colocou na nossa cabeça que pra ser tudo isso tem que ser magra?
Quem associou beleza com magreza?
QUEM????

Segue o link pra crônica da Martha Medeiros sobre o assunto. Vale a pena!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Brigas, brigas, brigas...

Como é ruim brigar com as pessoas que a gente gosta... É difícil sair bem de uma briga com um irmão, a mãe, o pai ou um grande amigo (na verdade, é difícil sair bem de qualquer briga, mas enfim...).

Não tem coisa pior no mundo do que brigar com alguém em quem você confia e conhece bem. Por conhecer bem a pessoa, sabemos exatamente o que dizer pra machucar e, com a cabeça quente, acabamos por não poupar palavras e falamos o que não deveríamos da pior maneira possível.

Depois fica aquele silêncio mortal, quebrado só pela respiração das pessoas, pela chuva, pelo vento, pelos passos... Palavra que é bom, nenhuma...

Tudo fica meio morno, parece que nunca mais vai voltar a ser como era antes...

Mas depois de pensar um pouco, depois de esfriar a cabeça, a gente acaba vendo que na verdade uma briga, por pior que seja, é só uma briga. E não pode ser capaz de abalar uma relação tão forte.

No fim, se percebe que “nunca mais” é muito tempo e que algumas horas bastam pra tudo voltar a ser como antes, até melhor.

Já disse várias vezes que tudo na vida tem um lado bom... Sim, até as brigas tem dois lados! São elas que fortalecem as relações e nos fazem ver que, apesar de tantas afinidades e coisas em comum, cada pessoa é uma pessoa, com suas qualidades e seus defeitos e que cada um de nós tem que saber respeitar isso.