segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sobre aquarianos e liberdade

Há um tempo atrás eu adorava ler horóscopo. Lia tudo sobre o meu signo, sobre os signos dos meus amigos, da minha família, qualquer um que cruzasse o meu caminho era vítima da minha pequena obsessão. Era só conhecer alguém interessante que eu visitava sites e fazia combinações de signos pra ver se os astros estavam a nosso favor.

Sou aquariana, nascida no dia 12 de fevereiro. Sempre li que aquarianos são pessoas à frente de seu tempo e que o bem que mais apreciam é a liberdade. Com o passar dos anos, pude comprovar na real o quanto isso é verdade.

Não existe coisa mais angustiante pra mim do que viver presa, seja no que for, trabalho, pessoas, lugares, coisas. Me sinto como um passarinho engaiolado que olha o lado de fora e faz planos pro dia que conseguir escapar. A rotina muito rígida é outra coisa que me apavora.

Namorados sempre foram um problema em função disso. Compromissos longos nunca foram meu forte. Muitas exigências e cobranças com pouca liberdade.

A liberdade atrai porque junto com ela vem os desafios, o frio na barriga, a surpresa, a incerteza e a instabilidade.
Eia que cruza o meu caminho um geminiano legítimo, com um gêmeo do bem e um gêmeo do mal que se revezam constantemente e sem aviso prévio. Rotina realmente não é com ele, cada dia é uma emoção diferente, uma surpresa.

Além disso, que já é uma grande coisa, ele me prende quando me solta. Nunca ouvi dele algo que não fosse uma palavra de apoio quando tomei grandes decisões como passar dois meses em Londres sozinha ou morar em Curitiba por tempo indeterminado.

E foi nesses dois momentos que tive certeza que ele é O Cara!

Por mais engraçado que possa parecer, isso também foi o que os astros disseram quando fiz a combinação dos nossos signos.  

Coincidência ou não, essa parceria já dura há três anos e nove meses.

domingo, 8 de setembro de 2013

Subindo a montanha

Se tem algumas coisas no mundo que eu não me imaginava fazendo, uma delas, com certeza é correr. Mas hoje, mudei um pouco meu conceito...

Acordar no domingo às 6h30 da manhã para ir a uma corrida na montanha realmente é uma coisa que se eu contar para as pessoas que me conhecem, elas provavelmente riam muito antes de acreditar em mim. Mas é verdade!

Foto: Claudio Andrade

É claro que conheço meus limites e não fui até lá para correr, apenas caminhei. Detalhe, a corrida na montanha era só de subida. Pouquíssimos metros planos, a grande maioria subidas, imensas e intermináveis subidas.

Em muitos momentos pensei em desistir, voltar e esperar o pessoal lá em baixo, mas pensei em várias coisas, uma delas foi a vontade de provar pra mim mesma que era possível. Busquei pensar na recompensa da vista lá de cima e de como eu ia me sentir bem se conseguisse completar a prova.

E valeu a pena. A vista era linda!

Foi ótimo. Apesar de sentir as dores do sedentarismo no meu corpo até agora, essa caminhada me serviu de incentivo para voltar a fazer uma atividade física logo, o quanto antes.

Fica o meu desejo de fazer isso mais vezes! 


domingo, 1 de setembro de 2013

Fazendo as pazes com Curitiba

Como é estranho voltar a um lugar que já fez parte da nossa vida e não reconhecer uma esquina sequer...

Sinceramente, não tenho muitas lembranças de Curitiba. Sei que não foram os melhores momentos da nossa história familiar, que foram tempos difíceis para minha mãe, que minha irmã sofreu na escola, mas eu não tenho más lembranças... Não sei se meu cérebro se encarregou de apagar as coisas ruins que aconteceram (ele faz isso frequentemente) ou se realmente eles não aconteceram.

Fazia quinze anos que não pisava em Curitiba. Não lembro de muita coisa, alguns lugares, praças e só. Não sei andar nas ruas, não sei pegar ônibus, estou recém me orientando no bairro, aprendendo os caminhos do trabalho pra casa... Abandonei completamente minha zona de conforto e isso me dá um orgulho de mim mesma, um frio na barriga e uma vontade de que dê tudo certo que só eu sei...

Enfim, agora, por um tempo que só Deus sabe qual é, meu lugar é aqui.


O mais difícil agora é lidar com a saudade das pessoas que ficaram em Porto Alegre, cidade que nasci e amo de paixão!