sexta-feira, 31 de maio de 2013

O que você seria se pudesse escolher?

Imagine que por um momento a vida olhasse pra você e dissesse: “Ok, agora você pode escolher. O que quer fazer da sua vida?”

Sem pensar em dinheiro, contas a pagar, filhos e tudo aquilo que te prende a vida real, o que você responderia? Qual é a coisa que te dá prazer e que você faria se pudesse mudar o rumo da sua vida?

Difícil não?

Às vezes vamos seguindo os caminhos que a vida nos apresenta sem pensar muito naquilo que realmente gostamos de fazer, vamos pensando no dinheiro que entrará no final do mês, nas contas, nas responsabilidades que assumimos e no que queremos ter. Esquecemos de pensar naquilo que queremos ser de verdade, naquilo que nos faz completos, naquilo que nos faz feliz.

Quantas pessoas se veem em um emprego que não é nem de longe aquilo que sonhavam quando estava no colégio ou na faculdade? Quantas pessoas olham para trás e pensam como foi que chegaram até ali? Quantas outras vivem a vida toda sonhando com algo que não conseguiram ser por pensarem sempre em priorizar os números da conta bancária...

Prioridades. Essa é a palavra que ouvimos sempre que temos que tomar uma decisão que envolve dinheiro, sonhos e trabalho.

Quem não quer trabalhar no que gosta e ainda conseguir ganhar dinheiro com isso?

Mas como é complicado quando alguém chega pra gente e pergunta assim de sopetão o que gostamos de fazer...


Eu ainda estou descobrindo... 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Conceitos confusos

Foto: G1

Nosso brasil brasileiro não é mole!!

Uma pernambucana de 40 anos, que fala cinco idiomas (CINCO) e é formada em contabilidade,  foi descoberta fazendo faxina no Mercado Central de Belo Horizonte. Pode?! Ela, que morou sete anos na Holanda e ficou desempregada durante oito meses aqui no Brasil, disse que omitiu algumas informações no currículo para conseguir a vaga de faxineira.

“Eu preenchi a ficha, mas menti as informações, por medo. Falei que tinha só a 8ª série, que tinha básico de contabilidade, que tinha feito um curso.”

Pode isso?? Que país é esse em que a pessoa se vê obrigada a tomar atitudes como essas para conseguir um emprego?

Já parou pra dar uma olhadinha nos classificados? Para qualquer vaga, eu disse qualquer vaga, é preciso ter o ensino médio completo. Desde frentista de posto de gasolina e gari até arrumadeira e faxineira. Ok. Mas se aparece alguém com inglês fluente, formada em sei-lá-o-que e o empregador não aceita porque é muito qualificado.  

A pessoa ter que omitir coisas que não se pode esconder por muito tempo porque se disser a verdade é capaz de ouvir algo do tipo: “Você é muito qualificada para esse cargo”. A pessoa quer trabalhar, ela sabe que é qualificada para fazer mais, mas não consegue uma vaga a sua altura, então ela aceita a realidade, fica na fila do emprego por horas e na hora de entregar o currículo, decide mentir (ou omitir que dá na mesma).

Esses valores confusos que só funcionam quando é conveniente para alguém me dão nos nervos.

Na reportagem a moça conta toda a sua história e hoje foi “promovida” a agente de turismo e recebe os gringos que passam pelo Mercado.

É por essas e outras que eu sou um pouco contra os métodos que se aplicam em entrevistas de emprego onde ganha quem estiver mais calmo e souber dizer exatamente aquilo que o entrevistador está querendo ouvir. Mas isso fica pra outro post. 

Ah... Vale lembrar que existe um projeto de lei que diz que mentir sobre o currículo é crime. Mas será que o projeto também prevê punição para quem omite alguns tópicos? Nossa amiga que se cuide né... Numa dessas pode até responder processo... 

terça-feira, 21 de maio de 2013

A verdadeira beleza

Você já parou para pensar como as outras pessoas te veem? Eu sei que escutamos desde sempre que não devemos nos importar com o que os outros pensam de nós, mas aqui, a proposta é outra.

A Dove lançou a algumas mulheres o seguinte desafio, descrever como elas se veem fisicamente a um desenhista profissional do FBI, especialista em retratos falados. O resultado foi o vídeo surpreendente que está aqui em baixo.

O fato é que nós, mulheres, somos muito críticas com nós mesmas, com a nossa aparência, com as nossas rugas e linhas de expressão. Muitas vezes só percebemos o que não gostamos em nós e quando alguém pergunta o que é mais bonito no nosso rosto, por exemplo, demoramos muito tempo para responder.

O mais legal do vídeo é ver a reação dessas mulheres quando são colocadas frente a frente com duas descrições de si mesmas, a que elas fizeram e a que uma terceira pessoa fez. Em todos os casos o retrato descrito por outro foi mais bonito, mais leve, mais simpático. É a prova de que somos muito duras com nós mesmas e um sinal de que está na hora de dar ouvidos aos outros (pelo menos nesse aspecto) e começar a ver a nossa verdadeira beleza, não só os nossos defeitos.

Diga pelo menos uma vez ao dia que você é linda e, acima de tudo, acredite e aceite quando as pessoas te elogiam. Exercite a autoconfiança. Se você não se achar bonita, quem vai ser capaz de ver a sua beleza?

Assista o vídeo e pense nisso... 


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Até onde somos capazes de ir para viver mais?

A atriz Angelina Jolie declarou recentemente, ter retirado as duas mamas para reduzir a possibilidade de desenvolver um câncer de mama. A dupla mastectomia preventiva foi realizada por decisão da atriz, gerou muita polêmica e voltou os olhos de todos a essa doença que mata milhares de mulheres.

Eu, sinceramente, não acredito muito nessas decisões tão radicais. De que adianta tirar os seios para não morrer de um câncer desse tipo se o câncer é uma doença tão tinhosa que pode aparecer em muitos outros lugares.  Além do que, ninguém está livre de sair na rua e ser atropelado, levar um tiro, cair e bater a cabeça, enfim...

A morte é totalmente imprevisível. E como dizem os mais sábios, quando a hora da pessoa chega, não tem cirurgia, reza ou imprevisto que mude isso. Quantas pessoas se salvam de tragédias em que as chances de sobrevivência são mínimas e quantas morrem de maneira boba e inacreditável?

Acredito muito mais em levar uma vida mais leve, sem estresse e curtindo todos os momentos possíveis do que em querer modificar aquilo sobre o que não temos controle algum.

Eu entendo as justificativas de Angelina Jolie para tomar essa decisão. Acho que, independente de ser muito radical ou aceitável, a atriz está mais uma vez de parabéns por defender causas sociais e agora, por voltar a atenção mundial sobre esse assunto tão delicado que é o câncer de mama.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Preciso comprar um diário


Dando uma olhada no Facebook antes de dormir, me deparei com uma frase de uma amiga que dizia o seguinte:

“Preciso comprar um diário para escrever as coisas que não posso postar no Face.”

Me identifiquei muito! Mais uma jornalista como eu, amante da escrita a qualquer preço (ou assunto), cheia de pensamentos, ideias e ideais que se vê diante da tela do computador sensurando seus próprios textos e pensamentos.

Acontece com todos aqueles que tem um pouco de noção do que é a Internet. É impossível não pensar em quem vai ler, como vão receber aquela mensagem e o que vão fazer com ela.

Lembro das aulas de teorias da comunicação e dos conceitos de comunicação, mensagem, receptor, ruídos...

As redes sociais fazem isso com as pessoas... Obrigam-nos a pensar em um número limitado de caracteres onde é impossível desenvolver uma mínima linha de raciocínio e com medo de sermos mal interpretados, por vezes, acabamos deletando as coisas antes de publicá-las.

Certo ou errado?

Existe tanta besteira disponível nas redes sociais que me canso de entrar só para ler coisas com conteúdo inútil.

Não sabe o que dizer? Só tem bobagem a dizer? Fica quieto então!

Já tem nosso cartão?


Sempre que colocamos os pés em uma loja de departamentos, a primeira coisa que acontece é alguém nos abordar para oferecer os milagrosos “cartões da loja”.

Nessa situação, já chegaram em mim das mais diversas maneiras...

Já levei susto de vendedores que saíram correndo na minha direção como se eu fosse um bote salva vidas do Titanic, já fui coagida por uma vendedora que tinha duas vezes o meu tamanho, voz grossa e olhar amedrontador, já senti pena de outra que foi super sincera dizendo que só faltava um cartão para que ela atingisse a meta do mês e já fui recebida com um sorriso agradável seguido de uma reação normal diante da minha recusa em fazer o cartão.

Não importa se você está só dando uma “olhadinha” básica ou se vai realmente comprar alguma coisa, ninguém passa batido pelos oferecedores de cartão.

Me pergunto porque raios os comerciantes obrigam essas pessoas a se tornarem pessoas chatas. Sim, porque me recuso a acreditar que alguém escolha ficar ali o dia todo incomodando os outros e, muitas vezes ouvindo não e agüentando cara feia dos estranhos que passam.

Eis que dia desses, quando finalmente resolvi fazer o cartão de uma dessas lojas, entro no local olhando para todos os vendedores com um sorriso no rosto que dizia: “Vem, pode me perguntar que hoje vou fazer o meu cartão!”.

Por incrível que pareça, NENHUM deles veio até mim, nem um sequer se aproximou de mim. Eu estava praticamente sozinha dentro da loja (eram 11h), atravessei o local duas vezes, disfarçando, e ninguém me perguntou se eu queria fazer o maldito cartão!!

Engoli a seco meu tão ensaiado SIM e saí da loja decepcionada.

O sistema obriga as pessoas a serem chatas e basta não ter um supervisor de chatice por perto que elas voltam ao normal...

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Desemprego?!?!?

Saiu um estudo da Organização Internacional do Trabalho que foi carinhosamente chamado de "Tendências mundiais do emprego juvenil 2013 – Uma geração em perigo" e diz que o desemprego hoje atinge 73,4 milhões de jovens no mundo.

Legal né? Só que não!
O que foi que fizeram com a nossa geração? Nós, jovens desempregados, estamos à beira de um ataque de nervos. Será que ninguém percebe isso?

Além de toda a questão econômica e da falta de mão de obra qualificada no mercado, existem outras questões...
Sim, a nossa geração está em perigo. Mas ela também está qualificada e insatisfeita. O número de jovens que se forma em uma profissão que não tem certeza que quer seguir é grande, o que só aumenta o nível de insatisfação com o passar do tempo. E pior... A sensação de perda de tempo que vem junto.

A verdade é que não tivemos tempo para pensar no que realmente gostamos, em coisas que nos dão prazer. Fomos preparados para estudar, estudar, estudar e passar em uma universidade federal de qualidade (ou não). Mas ninguém se deu conta de que antes de fazer o vestibular, é preciso escolher a carreira que vamos seguir.
Agora me diz... Um adolescente de 15, 16, 17 anos, já tem condições de saber qual a profissão que seguir pro resto da vida?

Alguns podem dizer que é um pouco dramático isso, que todo mundo pode voltar atrás e cursar uma nova faculdade, enfim... Concordo. Mas daí meu amigo, alguns vão dizer pra você que já tá na hora de começar a ganhar dinheiro (sim, porque parece que isso é a coisa mais importante hoje) e outros vão dizer que você vai estar jogando fora todos os anos que passou na faculdade, sem contar o dinheiro (para quem não teve a alegria de passar em uma federal).
Tem noção da ansiedade que isso causa na cabeça de uma pessoa?

Se o nosso sistema de educação fosse um pouco mais maleável e permitisse que uma criança que curte música desde pequena decidisse investir nisso e se tornasse um grande nome na área ou uma menina que adora dançar não fosse obrigada a escolher uma profissão “decente” só pensando no dinheiro e investisse no estudo e qualificação da dança, eu garanto que teríamos muitos artistas realizados e muito menos profissionais insatisfeitos.  
Um trabalho que traga realização profissional e pessoal. É isso que a nossa geração está buscando.  Difícil sim. Impossível não! Vamos continuar tentando.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Voltei... De novo!

Hoje faz exatamente um ano que coloquei meus pés de novo em Porto Alegre. Cheguei de Londres!

Lembro da emoção de quando o avião pousou no aeroporto e eu só conseguia pensar em ver os meus novamente. Chorei!
A minha vontade agora é chorar. Lembrar das coisas que se passaram por lá é tão emocionante, parece que vivo tudo mais uma vez.

Hoje, fazendo essa reflexão, fiquei pensando nos lugares que visitei e quais eu visitaria de novo se pudesse...
Acho que um deles seria a Tower of London (Torre de Londres). Poucos lugares conseguiram me transportar para uma época tão específica como esse. Não tem como não se sentir em um feudo da idade média. O ar que se respira ali é diferente, cada pedra tem uma história, cada canto do castelo abrigou reis, rainhas, princesas, prisioneiros, camponeses... Impossível de esquecer.

 
Outro lugar que tem esse poder é a Tower Bridge. Vale subir e ver Londres todinha lá de cima. É uma obra magnífica de engenharia e até eu, que não sou uma grande interessada pelo assunto fiquei boquiaberta ao saber que tudo ainda funciona como antigamente e praticamente com os mesmos sistemas hidráulicos.

 
Para quem se importa com religião e curte (como eu) visitar igrejas e templos sempre que viaja, a Westminster Abbey (Abadia de Westminster) é parada obrigatória. Quando estamos longe de casa e a saudade bate, procurar abrigo em Deus é a melhor saída. Além de ter túmulos de reis, rainhas e personalidades como Isaac Newton e Charles Darwin, o que mais me chamou atenção foi quanto pedem que todos os presentes parem o que estão fazendo, fiquem em silêncio e participem de uma oração. Isso acontece de hora em hora. Foi um dos momentos mais emocionantes pra mim. Sentei em um banco da igreja e fiquei ali, rezando, lembrando, sentindo, pensando.  

 
Londres é uma cidade grande, muito bonita, que mistura o antigo com o novo, que cultiva, preserva e se orgulha da sua história. Os parques de Londres são outro exemplo de preservação, limpeza e beleza. É possível ficar um dia inteiro apreciando as belezas do Hyde Park, por exemplo. Além de ser muito grande e movimentado, é lindo. Lago, animais soltos, pessoas andando de bicicleta, patinete (sim, lá o patinete é um meio de transporte comum para pequenas distâncias) ou a cavalo. Mas a minha paixão foram os esquilos. Eles são fofos, não tem medo de gente e chegam bem pertinho se você tiver qualquer coisa de comer nas mãos.


E além de tudo isso, o que ficou pra mim, foi a experiência e as amizades que fiz por lá. Uma delas, talvez a mais importante, é com a suíça Christa. Como é incrível o poder que as circunstâncias tem de unir as pessoas. Passeamos muito juntas, nos divertimos pra caramba, ficamos amigas de verdade e choramos feito duas crianças na hora da despedida.


Hoje, fica a saudade de tudo isso, da cidade, da experiência, dos sufocos, da minha amiga, da liberdade...
Valeu! Um ano depois de ter voltado, eu posso dizer que faria tudo de novo, exatamente igualzinho. Agora, só posso dizer uma coisa: “Londres, um dia a gente se vê de novo!”