quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Provas

É impressionante como somos criados desde pequenos para fazer provas. O que nos passam é que para ser alguém na vida precisamos passar por muitas provas. Não deixa de ser verdade, mas porque traduzir as provas da vida, em provas de verdade, com certo e errado, com erros e acertos?

As crianças desde pequenas já passam por provas no colégio. Nunca vou esquecer o dia que minha irmã mais nova, na época com uns sete ou oito anos, chegou do colégio triste. Ela tinha ido mal pela primeira vez em uma prova. Como explicar pra ela que isso não é o fim do mundo? Como dizer que não é só por causa de uma nota ruim que ela vai rodar?

Depois, no Ensino Médio, os professores nos preparam para o vestibular. Exercícios, leituras obrigatórias, fórmulas mirabolantes, pega-ratão pra todo lado... E hoje ainda tem o ENEM no meio do caminho, que tem uma prova com estilo totalmente diferente do vestibular tradicional, só pra dar nó na cabeça dos pobres estudantes.

Enfim a faculdade! Finalmente vamos estudar aquilo que escolhemos e que (teoricamente) gostamos. Mas as provas não nos largam nunca! Mesmo na faculdade lá estão elas. Acaba a faculdade. E agora? Falta o emprego. Provas de seleção, provas de classificação em programas de trainee e provas de concurso.

Por incrível que pareça, existem pessoas que vivem de fazer concurso. Nada contra! Com certeza quem batalha e acredita vai ter a sua vaga garantida em alguma empresa pública. O que não quer dizer que quem não escolhe esse caminho está condenado ao fracasso. Escolhas...

Eu nunca fui dessas que acha que só tirando 10 pra ser alguém. Nunca me foi cobrado isso. Não sei se foi certo ou errado, mas eu, sinceramente acho que existem coisas muito mais importantes do que aquelas que aprendemos na escola e que só aprendemos na prática.

É preciso avaliar pra escolher, mas como avaliar habilidades como honestidade, tolerância, humildade e criatividade nas provas convencionais?

Difícil não é?