As dores no corpo já estão aparecendo e anunciando o que
está por vir. Serão três dias cansativos, estressantes e muito, muito
gratificantes.
Vou fazer por três dias seguidos uma das coisas que mais amo
nessa vida: DANÇAR!
Quando voltei para a DiModelar Cia de Danças, não imaginei
que seria capaz de fazer isso tão rápido e com tanta qualidade. Os preparativos
estão a mil, ensaiamos quase todos os dias, discutimos, brigamos, pedimos
desculpas e nos unimos para fazer o melhor de nós e do grupo no palco. Meu coração
fica na boca só de pensar que é amanhã que começa a função toda.
Que saudade que eu senti dessa sensação esquisita! É uma
mistura de medo, concentração, nervoso e confiança. Quem não conhece o frio na
barriga que dá quando estamos ali atrás do palco esperando pra entrar não sabe
o que realmente quer dizer desafio...
Vai doer no final, vão ficar as bolhas nos pés, os roxos, a saudade
do palco e a imensa vontade de fazer tudo de novo!
Pra quem vai lá no Teatro prestigiar o grupo, já agradeço de
antemão. Pra quem ainda está em dúvida, garanto que vale a pena. E pra quem não
vai, deixo o convite pro ano que vem!
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Nessa última semana, nosso país foi marcado por manifestações
violentas que mais retratavam uma guerra do que os pacíficos protestos que
realmente tinham a intenção de ser. Guerra no Brasil?? Um país tão pacífico,
tão festeiro, com um povo tão alegre e feliz? Sim!
A banda foi pra rua e o coro gritou “O POVO ACORDOU!”. E
acordou mesmo. Está provando para os políticos corruptos e incompetentes do
nosso país que não é só cumprir à risca a política do pão e circo pro povo
calar a boca. Não basta mais colocar futebol e mulher pelada na TV pro povo
deixar a safadeza rolar solta no congresso.
Se enganou quem achou que trazer a copa do mundo para o
Brasil era a grande oportunidade de fechar negócios e “resolver” problemas que
se arrastam há anos já que o povo estaria distraído com os jogos.
A Copa das Confederações mal começou e nós, o povo, estamos
mostrando que temos voz e que vamos sim falar e falar alto! Demorou mas
aprendemos que a nossa arma é maior, a nossa voz fala mais alto.
Uma pena que em meio a protestantes pacíficos existam
pessoas cujo único objetivo é manchar a legitimidade do processo e fazer
baderna e bagunça. Mas nós não vamos deixar que esses poucos falem por nós.
Quem vandaliza não nos representa!
Vandalismo? Não! Violência? Também não! Nem do povo nem da
polícia.
A reportagem abaixo é da Folha e mostra uma visão clara do
que foram os protestos. Das muitas que li e vi nessa semana, é, sem dúvida, uma
das melhores. Minha alma jornalística não me deixa parar de pensar se o
posicionamento da empresa seria o mesmo se uma jornalista da equipe que cobria
o protesto não tivesse sido atingida no olho por uma bala de borracha.
Nós, imprensa, temos o dever de relatar o que aconteceu
nesse campo de guerra que viraram as avenidas de São Paulo na última
quinta-feira. Nós, povo, temos a obrigação de não desistir de lutar pelos nosso
direitos e contra o que acreditamos que está errado.
O povo deixou de ser bobo. Graças à internet, não
acreditamos piamente no que nos é transmitido pelas grandes emissoras de TV.
Corremos atrás da informação, checamos e discutimos as ideias. Chega de
jornalismo direcionado para a ignorância do povo. O povo reclama!
Sim! Nós queremos mais educação, escolas, saúde de qualidade
e segurança. Não precisamos de mais estádios pagos com o nosso dinheiro que
certamente vão se transformar em gigantescos elefantes brancos depois da Copa.
De quem vai ser o problema depois que as lentes internacionais não estiverem
mais voltadas pra nós?
Deixamos o “deitado eternamente em berço esplêndido” e
adotamos o “verás que um filho teu não foge à luta”. Vamos defender o nosso
país dessa minoria que nos domina. Porque o povo quando se junta tem força
maior que a de um exército. Não existem balas suficientes para ferir toda a
nação.
Hoje, enquanto todo mundo exalta o amor ao quatro ventos, eu
vou fazer diferente!
Hoje, enquanto as pessoas apaixonadas estão vendo o mundo
cor de rosa, eu vou fazer diferente!
Hoje, enquanto os solteiros choram o dia por não ter alguém ao
lado, eu vou fazer diferente!
Hoje, enquanto os olhos do mundo estão voltados aquela
pessoa que está ao nosso lado, eu vou fazer diferente!
Hoje eu vou olhar pra mim, cuidar de mim, ser mais eu em
todos os sentidos. Vou gostar do que eu tenho de melhor e exaltar minhas
qualidades, deixando um pouco de lado os defeitos que teimo em mostrar pra todo
mundo que tenho.
Hoje eu vou dar atenção especial a pessoa mais importante do
mundo na minha vida... Eu. Porque se isso não for feito, aqueles que estão ao
meu lado vão sofrer com meu mau humor, minha falta de amor próprio e meu
stress.
Hoje vou ser eu mesma do jeito que eu gosto, como se não
existissem essas coisas que deixam a gente fraca e sensível, que nos aborrecem
e tiram o brilho do olhar. Vou ser a minha essência de menina com minha cabeça
de mulher.
Hoje não vou tomar decisões importantes que não possam
esperar um pouco para serem tomadas e vou dedicar meu tempo a fazer o que eu
gosto, sem pensar em mais ninguém. Acordei um pouco egoísta hoje...
Ando em uma época em que todo o stress que pode existir
dentro de mim está se manifestando no meu corpo em forma de alergias, gripes e
outras coisinhas nada agradáveis desse tipo.
Sabe o que é pior? Embora meu corpo diga que estou virada em
um poço de stress, não me sinto assim. Eu acho que as coisas estão melhorando,
que meus ânimos estão controlados, mas enfim... Meu corpo não concorda...
A única saída que encontrei foi buscar atividades alternativas
que (dizem) aliviam o stress. Uma delas é o artesanato. Comprei tudo para fazer
cartonagem, já que não nasci com o dom da costura e do crochê que praticamente
toda a família tem. Ainda não consegui colocar as mãos no tal do material e ele
tá lá, todo dia me olhando e me lembrando que eu preciso reservar um tempo pra
ele.
A outra coisa que resolvi fazer foi andar de bicicleta.
Incomodei a santa criatura que me namora até ele arrumar a bicicleta que não
usa mais e me dar. Detalhe, moro em apartamento (um pequeno apartamento) e no
prédio não tem bicicletário. Com milhões de coisas pra fazer é lógico que ainda
não consegui tirar a bike do corredor que virou estacionamento.
Resumo da ópera: na tentativa de aliviar o stress, acabo
sempre gerando mais e mais preocupações e ansiedades na minha cabeça
perfeccionista, detalhista e cri-cri.
Stress por favor, sai desse corpo que não te pertence!!
Detesto admitir meus erros, mas dizem que esse é um dos
caminhos para acertar, então...
Muitas vezes eu não vejo as pessoas invisíveis... Essa frase
pode parecer ridícula num primeiro momento, mas vou tentar explicar.
Pra começar, vamos definir quem são as pessoas invisíveis.
São aquelas que andam maltrapilhas pelas ruas da cidade, muitas vezes sem rumo,
pedindo dinheiro, comida ou o que quer que a sua caridade possa dar. São
pessoas que não tiveram oportunidades ou que as tiveram mas não conseguiram
aproveitar da melhor maneira. Aos poucos, elas vestem o manto da
invisibilidade. A sociedade passa a (fingir) não enxergá-las.
Me deparei com esse assunto dias atrás, quando estacionamos
o carro em frente ao prédio que moro e percebemos à frente um homem, já
conhecido nas redondezas por ficar vagando dia e noite, atirado no chão. Mais
atrás vinha um grupo com dois casais que deviam ter entre 50 e 60 anos. Quando
as duas mulheres avistaram o homem atirado no caminho, atravessaram na mesma
hora. Nos olhos elas carregavam desprezo e medo.
Descemos do carro e não mudamos o nosso trajeto por causa do
homem. Lucas, que sempre conversa com ele e dá algumas moedas embora eu sempre
diga que ele vai gastar tudo em drogas e bebidas, parou e perguntou o que tinha
acontecido ao homem estirado no chão. Quando vi os olhos dele, completamente
vidrados, e ouvi ele dizer que aquilo estava machucando ele, senti um misto de
pena, tristeza, impotência e uma vontade louca de chorar e abraçar aquele
homem.
Mas o sentimento que mais doeu em mim e sou obrigada a
reconhecer isso, foi a vergonha. Quantas vezes eu tive medo dele? Quantas vezes
eu passei por uma pessoa em situação semelhante e fingi que não via? Quantas
vezes eu ignorei o mendigo que pede esmola no sinal? Quantas vezes o medo, o
nojo, o desprezo e a pena estavam nos meus olhos? Quantas vezes pensei em
ajudar e não fiz isso? Quantas vezes eu podia ter estendido a mão e não o fiz?
Eu sei que a violência existe e não é pouca. Mas será que se
a gente parar para ajudar, dar a mão, uma palavra que seja, essa pessoa não vai
se dar conta que não somos indiferentes? Será?
O homem levantou com as moedas de Lucas nas mãos e saiu
caminhando.
Já parou pra pensar quanto a gente gasta quando está
namorando?
Vésperas de dia dos namorados e não é difícil ouvir os “casados” se queixando que a mulher gasta
de mais, que namorar custa caro e blá blá blá, mas será mesmo? Eu até concordo
que manter as necessidades básicas (ou nada básicas) de uma mulher pode custar
algum dinheiro, mas peraí pessoal... Namorar também tem suas vantagens...
Quem achou que eu ia falar do cobertor de orelha no inverno,
da companhia pra ir ao cinema, de dormir de conchinha se enganou. O que eu
quero dizer é que se você tem uma namorada que trabalha, corre atrás das coisas
que quer e ganha o próprio dinheiro, você vai ter uma namorada parceira, que
vai construir junto com você, vai dividir a conta do restaurante, vai comprar
presentes pra te agradar, vai estar sempre linda, bem vestida e arrumada.
Além do mais, para um pouco e calcula qual era o rombo na
carteira quando estava sozinho... Tendo que pagar festa todo final de semana,
roupa nova, perfume, cerveja pra mulherada na balada, gasolina pra levar a
guria pra casa...
Enfim... A Folha publicou um teste que calcula o valor que
os casais gastam durante o ano. Achei legal (e assustador), mas acho que podiam
bolar um teste para solteiros também!