quarta-feira, 9 de julho de 2014

Era uma vez o hexa...


Ontem o Brasil perdeu mais uma Copa do Mundo de futebol.

Mas não era qualquer Copa, era a Copa no Brasil. E também não foi qualquer derrota, foi uma goleada de 7x1 para a Alemanha, a provável campeã do mundo.

Foi triste, foi decepcionante, foi irritante ver o time do Brasil apagado em campo. Foi uma tragédia. 

Ninguém imaginou (nem no pior dos pessimismos) que o placar seria tão vergonhoso, mas aconteceu. Acontece. No esporte acontece, na vida acontece... Quem nunca perdeu e ficou com vontade de dar uma de avestruz e enterrar a cara na terra de tanta vergonha que atire a primeira pedra.

E como teve gente que fez isso... Muita zoação nas redes sociais (confesso que me diverti bastante com algumas), muita revolta, muitas palavras ofensivas, muitas críticas.

Mas o que me deixou mais “de cara” foi ver os narradores e comentaristas de futebol que antes da partida estavam idolatrando jogadores e comissão técnica começarem a abrir a torneirinha de asneiras depois do jogo.

É muito fácil criticar alguém quando não é você que está passando por aquele momento. É fácil julgar e dizer que teria dado certo assim ou assado. OIEEE!!! Quem é que sabe disso rapaz? Por acaso tem segunda chance na vida pra tentar de novo?

E não venha me dizer que eles não estão nem aí, que já ganharam dinheiro suficiente para estar lá e que depois do jogo vão embora para suas mansões tranquilamente. Pode até ser verdade, mas eu sei e você sabe que uma vergonha assim, vista por uma das maiores audiências de todas as Copas do Mundo não se esquece fácil assim.

Eu fiquei triste sim. Como todo brasileiro queria ver meu país hexa campeão do mundo e festejar como em 1994 e em 2002. Com certeza não queria ver os jogadores que deram tudo de si durante os 90 minutos dentro do campo (mesmo que o tudo de alguns seja tão pouco) chorando feito crianças de tanta vergonha.

Mas não é por isso que vou queimar as minhas bandeiras, deixar de cantar o hino nacional, mentir por aí que sou estrangeira ou rechaçar um dos nossos jogadores na rua.

Continuo sendo brasileira com muito orgulho do meu país e do povo ao qual faço parte.


Futebol é futebol, ponto final. Perdeu, aceita. A vida segue. 

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