sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Quando eles erram...

“Se um dia ele precisar de mim quando estiver velho, eu não vou ajudar. Ele que se dane. Eu cresci sozinho, ele nunca me ajudou em nada. Ele sumiu da minha vida...”

Garoto, você sabe o que teu pai passou pra te criar? Você sabe quantas fraldas tuas ele trocou e quantas noites passou em claro por causa da tua gripe? Você sabe o quanto ele teve que trabalhar pra colocar comida na tua mesa, pagar teu material escolar e te dar aquele vídeo game que você tanto incomodou pra ter?  

Sim. Eles erram. É impossível ser perfeito, ainda mais quando se fala de criar os filhos. Nossos pais sempre erram. Alguns mais, outros menos, mas sempre existe algum errinho. Ninguém é infalível.

Quando ouvi esse adolescente falando assim do pai dele, imediatamente lembrei do meu. Ele sempre diz uma frase que vou levar pra sempre: “Vocês podem me odiar, mas eu, como pai, sempre vou amar vocês incondicionalmente!”.

O fato de nossos pais terem cometido seus erros, e incluo aqui até os mais graves, não justifica sermos pessoas ruins ou que alimentemos dentro de nós esse sentimento ruim com relação aqueles que nos geraram.

É preciso superar as dificuldades para viver. É preciso esquecer algumas coisas para poder levantar a cabeça e seguir em frente. É preciso perdoar para ter o coração tranquilo. Pode ser difícil, mas é preciso tentar.

Sei que muita gente vai dizer que é fácil pra mim falar isso porque eu nunca passei por coisas assim. Eu concordo, meus pais erraram em algumas coisas e acertaram em tantas outras, mas eu acredito que todos os pais e mães procuram fazer o melhor que podem.

Cabe a nós reconhecer os erros deles e tentar não repeti-los quando for a nossa vez de criar os nossos filhos. E digo tentar porque muitos vão cometer os mesmos erros, tenho certeza. Sabe porquê? Porque quando for a nossa vez, vamos ter maturidade suficiente para entender e, porque não, concordar com algumas das atitudes deles.

A vida passa. Cada minuto que passamos longe das pessoas que realmente importam podem ser cobrados de nós mais tarde. Não vale a pena ficar remoendo mágoas.

Tente imaginar em como você sentiria se amanhã alguém batesse na sua porta dizendo que um de seus pais morreu. Pense em qual seria sua reação se seu pai ou sua mãe viesse à sua casa pedindo abrigo porque não tem mais nada. E se você encontrasse um deles dormindo em um banco da praça da matriz?

Pode parecer exagero, mas essas hipóteses existem, são reais. Uma pessoa que não tem o amor da família, dos filhos, dos irmãos, é uma pessoa sem estrutura. Pense nessas situações extremas e tente perdoar. Ao menos tente.


Pai, mãe... Amo vocês! Incondicionalmente!

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