terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sinais do Stress

O episódio que vou relatar realmente aconteceu e, apesar de ser um tanto inacreditável e, por isso, cômico, me preocupou um pouco... Acho que ando um pouco estressada.


Fui ao banco para depositar um dinheiro. Anotei em um papelzinho o número da conta e da agência e comecei a completar o envelope. Quando chegou a hora de preencher o espaço reservado para o nome do dono da conta corrente, me dei conta de que esqueci de anotar esse dado. “Ok, vou na biblioteca, pego uns livros, vejo o nome na internet e assim economizo tempo”, pensei. Tirei o dinheiro do envelope, guardei na bolsa e fui pra biblioteca. 


Peguei os livros, vi o nome da pessoa e voltei pro banco. Peguei mais um envelope, tirei o dinheiro da bolsa novamente e contei. E foi ai que o mundo caiu na minha cabeça... Faltavam 50 reais!! “Mas como??? Eu coloquei o dinheiro na bolsa antes de sair do banco e só mexi na bolsa de novo agora, dentro do banco, tenho certeza!! Como é possível que tenha sumido 50 reais de dentro da minha bolsa???”. Não acreditei. Olhei pros lados, pensei, refiz um milhão de vezes todo o trajeto (de alguns passos) até a biblioteca, nada... Aí veio uma luz (e mais desespero)... “E se eu não tirei todo o dinheiro de dentro do envelope e coloquei no lixo tudo junto?? Ai meu pai, vou ter que mexer no lixo do banco, socorro!!!”


Chamei o segurança morrendo de vergonha. “Agora a pouco eu vim aqui e...”, expliquei toda a história sem saber se ria do papel ridículo ou se chorava pelo desespero. Ele olhou pra mim e disse que se eu joguei no lixo, o dinheiro estaria ali, porque ninguém mexeu no lixo. “É só achar e trocar com o caixa”.


Fico vermelha, mas vamos lá... Pensa no dinheiro que tu jogou fora e que nem era teu e coloca a mão aí...
Obviamente a cena foi algo indescritível... Eu com a lixeira no colo (porque a maldita ainda era comprida e cabia quase todo o meu braço dentro), catando cada pedaçinho da nota (sim, porque eu rasguei o envelope antes de colocar no lixo), todo mundo olhando pra mim, o segurança do meu lado, dando todo o seu apoio moral, juntando os pedaços da nota e dizendo quantos faltavam. 


Consegui reunir os pedaços (que, ainda bem, não eram tantos... podia ser pior... ou não).  Mas ainda tinha que ir até o caixa, explicar toda a história de novo e ainda ouvir as piadinhas... Ok! É o preço que se paga pela... (como chamar isso??)... Vamos lá... 


Cheguei na moça do caixa e expliquei a história mais uma vez. Ela olha pra mim com aquela cara de cirurgião que diz “OPS!” pro paciente na mesa de cirurgia e me diz: “Quando isso acontece, a gente não está autorizado a devolver o dinheiro todo, só a metade”.


Foi mais forte que eu, comecei a rir, não conseguia parar, um riso de desespero... Sabe aquele ditado rir pra não chorar?? Pois é, levei ao pé da letra... “Ela só pode estar brincando!!”


Foi quando me dei conta de que ela realmente estava brincando, brincando não, tirando O sarro da minha cara. Ela ria muito, aliás, não só ela como todos os outros caixas, as pessoas que estavam sendo atendidas e toda a fila do banco (que era bem grande)... Pronto!! Virei a piada do dia... O que fazer em um a hora dessas??? RIR, RIR, RIR, RIR... Só isso, nada mais. 



Quando sai do banco, ainda tive que ouvir o segurança dizendo “Cuidado pra não sair por aí rasgando dinheiro guria! Nem louco faz isso hoje em dia!!”.


Sim, sim, eu sei, mereci o comentário, agüentei no osso e não falei nada, nenhuma reação.


Sinceramente, nem sei porque estou colocando um episódio tão ridículo da minha vida aqui no blog... Acho que só rindo mesmo pra superar essas coisas... Mais uma história pra minha coleção.


Agora da licença que eu vou lá marcar a minha terapia...

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