sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Personalidade até que ponto?

Tô cansada de gente chata que diz que tem personalidade. Personalidade forte pra mim é sinônimo de inflexibilidade e muita, muita chatice.

As pessoas tem sim que saber o que querem e do que gostam, tem que saber expor as suas ideias e falar o que pensam, mas tudo isso tem jeito e limite. Se você não gosta de pagode ou funk, por exemplo, não precisa dizer que são uma droga. Basta dizer que não gosta. Mas e se você está em uma festa e começa a tocar um pagodão ou um funk daqueles tipo “pre-pa-ra”, o que você faz? Vai embora indignado ou fica porque, afinal de contas, você não vai morrer se ouvir um pouco daquela música não é?

Se você está com 10 amigos, todos querem ir almoçar em uma churrascaria no domingo e você está de dieta e não quer sair da linha, o que faz? Tenta fazer todo mundo mudar de ideia, vai embora emburrada ou abre uma exceção e acompanha a galera?  

O problema dessa tal personalidade é que as pessoas ficaram mal educadas e chatas. Falam o que querem, expõe os seus gostos e (pior) diminuem aquilo que não for do seu agrado.

Eu acredito que tudo na vida deve ser falado, conversado, discutido. Não podemos guardar nada dentro da gente, colocar pra fora os sentimentos, dividir com os outros só nos faz bem. Diminui o peso que carregamos nas costas. Mas sempre existe o momento e o jeito certo de falar as coisas. Não que você não possa falar o que quer, quando quer, pra quem quiser e do jeito que quiser, mas se for assim, a resposta seguirá a mesma lógica e talvez você não goste do que vai ouvir.

Ter personalidade não significa que você precisa necessariamente amar uma coisa e odiar outra, significa que você sabe o que te agrada, respeita a opinião dos outros e está disposto a abrir exceções em nome da boa convivência.


Vai que numa dessas você aprende que funk e pagode tem o seu lado legal e que churrasco apesar de acabar com a dieta é uma das refeições mais gostosas do mundo? Surpresas da vida... Abra seu coração pra elas!

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