quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Papo de salão – traição

Mulherada que frequenta o salão (algumas mais outras menos) sabe que é assim! Tudo é discutido no salão enquanto umas fazem as unhas, outras o cabelo, outras uma hidratação. Não importa qual o assunto, novela, filhos, amor, traição, fofoca. Todo mundo fala, todo mundo dá pitaco na vida alheia.

Tudo começa com uma simples e polêmica pergunta:
“Vocês acham que uma traição é perdoável?”
Pronto, está feito o fuzuê!

Minha resposta: Depende. Depende de como eu ficar sabendo.

O pior da traição (pra mim) é a mentira, esconder, enganar, fazer de trouxa. O ato em si eu acho que é perdoável sim, dependendo das circunstâncias e de muitas outras coisas que variam de acordo com cada casal e que só dizem respeito aquelas duas pessoas. Mas a coisa de enganar, mentir, fingir, isso sim não tem perdão.

Só tem uma coisa... Perdoar é muitíssimo diferente de esquecer. Se você, o traído, não é capaz de conviver com aquela lembrança que, mesmo que fique lá escondida em um canto esquecido da memória, um dia vai voltar pra atazanar a tranquilidade, caia fora.

Não é saudável para ninguém viver do passado mas também não é possível apagar o que aconteceu lá atrás. E como é do ser humano, temos uma facilidade imensa de lembrar as coisas ruins, as dores, as mágoas. O que é possível mas requer um pouco de esforço é conviver com aquilo. Perdoar requer muito amor e muita confiança.

Uma traição perdoada abre os olhos. Faz você perceber que o seu príncipe encantado (ou princesa) não é perfeito e que coisas desse tipo podem acontecer de novo. Sabe aquele ditado “gato escaldado tem medo de agua fria”? Perdoar a traição do parceiro faz você ficar no estado “sempre alerta” e confiar desconfiando.


O casal tem que aprender a conviver e aceitar isso. O traído tem que conviver com a dúvida e o outro com a desconfiança. 

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