quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Máquina do tempo

Estranho entrar de novo naquele lugar, caminhar nos corredores, reconhecer os professores daquela época que ainda continuam os mesmos.

Quando ouvi o sinal do recreio tocar, senti como se tivesse voltado no tempo, aos 14 ou 15 anos. Lembrei dos colegas, cada um deles, como se ainda estivéssemos ali. Éramos tão unidos, parecia que aquela amizade nunca ia se apagar, era o que a gente queria. Como será que estão hoje, tive notícias de poucos...

Fiquei ali, ouvindo aquele barulho de colégio que tanto fez parte da minha vida e que hoje, pra falar a verdade, me incomodou um pouco. Foi bom relembrar o tempo em que éramos tão inocentes e nos achávamos o máximo, achávamos que podíamos tudo, que nada ia nos atingir.

Entrei na sala que um dia foi minha e ela continua igualzinha, as mesmas mesas, cadeiras, quadro, tudo igual. O que muda são as pessoas que ocupam cada lugar, o grupo que substitui o anterior.

Tudo igual e tudo diferente ao mesmo tempo. O colégio evoluiu, fez reformas, melhorou sua estrutura, mas a parte antiga, a parte que conheci muito bem, essa continua a mesma, com os mesmos ladrilhos nas paredes, com o mesmo cheiro nos corredores, as mesmas pias e espelhos nos banheiros.

O mais estranho de tudo, é olhar os professores. Alguns continuam lá e devemm ter estranhado a minha cara de surpresa olhando pra eles. Seria pretensão minha querer que eles me reconhecessem, mas eu os reconheci. Cada aula, cada lição inesquecível e as tantas outras que não entraram na minha cabeça.

O tempo passou, eu passei, nós passamos, mas o colégio continua lá, em pé e vivo.

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