sexta-feira, 5 de agosto de 2011

(pós) Formatura

Um diploma, uma folha de papel em branco, um lápis bem apontado e só.

Esse é o meu material de trabalho, ou ao menos era há muitos anos atrás. Hoje talvez seja um computador, uma banda larga e um celular.
Agora formada, me vejo num momento em que é preciso fazer alguma coisa, é preciso decidir, é preciso crescer.

Mas porque crescer é tão difícil?
Queria tanto o colo do meu pai e os carinhos da minha mãe agora... Mas infelizmente não tenho nem coragem de pedir, afinal de contas, já sou uma mulher, não posso pagar esse mico.

Tenho medo de andar em círculos, ou pior, nem sair do lugar. Às vezes me pego pensando no que os meus colegas estão fazendo nesse momento, onde trabalham, se é que trabalham... É difícil afastar esses pensamentos, tento.
Me vejo parada, estancada no lugar, como se alguma coisa me segurasse aqui, nesse momento. Ele não é ruim, mas é estranho. Sinto que preciso fazer alguma coisa pra mudar, mas o que?

Escrever um blog só pra mim? Abrir uma empresa e tentar? Trabalhar de forma independente? Tentar assessoria de imprensa? Será que é pedir de mais uma luz?
Aprendi a não me antecipar a algumas coisas, a não me angustiar com aquilo que ainda não aconteceu. Mas é difícil. Vejo as pessoas andando, caminhando com as próprias pernas e não consigo me ver assim (ainda)...

Eu tenho o texto na veia, tenho a profissão no coração, quando é que vou me encontrar?
Preciso de uma nova etapa, preciso que as pessoas confiem no que digo, que acreditem em mim, que levem em consideração a minha opinião. Mas como vou conseguir isso se nem mesmo eu acredito em mim às vezes?

Preciso de um tempo pra mim, um tempo pra pensar no que fazer, pra pensar na minha vida, no que eu quero dela, no que espero dela e como vou fazer para conseguir colocar as coisas em ordem pra atingir meus objetivos.
O pior é que os objetivos já estão bem claros, o que ainda está meio obscuro são os caminhos para chegar até eles.

Acho que só agora, escrevendo essas linhas percebi o quanto cresci e o quanto deixei de ser criança... Meio ambíguo e óbvio, mas tente entender, ok?!

Quero o colo do pai e os carinhos da mãe... Juro que um dia ainda vou ter coragem para pedir de novo...

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