terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sobre coragem, força e vontade

Quando vim para Curitiba porque arrumei um emprego (um bom emprego, diga-se de passagem), a primeira coisa que me perguntavam era sobre o meu namorado. Se eu teria coragem de deixar ele em Porto Alegre. Eu tive.

Chegando aqui, ninguém me disse que o que eu mais teria que ter era força. Força para aguentar a saudade que bate antes de dormir, força para passar os intermináveis domingos sozinha inventando coisas para fazer, força para ver todos a minha volta com os seus e eu ali, sem ninguém. Força para sorrir na frente de todo mundo enquanto o que eu mais queria era estar em casa, curtindo a tristeza e a solidão. Força pra ver minha família reunida e não estar junto deles. Fui forte. Tirei forças de algum lugar desconhecido dentro de mim, mas consegui.

Agora, depois de muito pensar e pesar tudo o que aprendi por aqui, não só profissionalmente, mas para a vida mesmo, decidi voltar. Por minha própria vontade. Vontade de ficar com as pessoas que amo e mostrar o valor que elas realmente têm pra mim, vontade de fazer a minha vida baseada nos meus princípios, de acordo com as minhas prioridades. Pode parecer tudo meio egocêntrico e egoísta, mas não é. Cada um tem a sua vida e deve fazer dela o que quiser, pensando e tomando decisões de acordo com o que pensa e não com o que os outros acham que é certo.

Aprendi muitas coisas nesse período que passei em Curitiba. Hoje me conheço melhor, sei mais sobre a vida que eu tinha e a que eu quero ter no futuro, tomei algumas decisões importantes que sei que algumas pessoas vão apoiar e outras criticar, mas aprendi também que a opinião dos outros não vai mudar o que eu penso sobre esse assunto.

Eu sei que a partir de hoje, vou precisar do dobro de coragem e o triplo de força para recomeçar. Mas quer saber?? Me sinto preparada pra isso.

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