Imagine a cena:
“Almoço de família em restaurante. Cinco pessoas, pai, mãe,
dois filhos adolescentes e um bebê. Os filhos pegam seus celulares, colocam os
fones de ouvido e se desligam daquele momento. O pai, muito preocupado com o
trabalho, pega o celular só para dar uma conferida nos e-mails e já não presta
mais atenção nos assuntos da mulher que, percebendo o descaso do marido, pega o
tablet e tira fotos do bebê para compartilhar na internet com as amigas.”
É triste, eu sei. Mas essa é uma cena real que presenciei
esses dias em um restaurante. Meia dúzia de palavras trocadas durante duas
horas de almoço. A soberania dos celulares e redes sociais mal conseguiu ser
interrompida pela chegada do almoço à mesa.
Sinceramente? Eu acho que o nosso tempo está carente de
contato. Falta pegar na mão, falta dar atenção, falta olho no olho, falta
cumplicidade. Falta aproveitar o momento. Falta ouvir.
As redes sociais fizeram com que todos nós fossemos
escutados e vistos por todos. Será? Há quanto tempo não conversamos pessoalmente
com nossos amigos de infância? Há quanto tempo não separamos um tempo para
conversar sobre coisas aleatórias, sem importância nenhuma com nossos
familiares e amigos?
Sem condenação àqueles que passam muito tempo conectados,
mas tudo na vida precisa de equilíbrio. Não se esqueça que se você realmente
precisar chorar as mágoas da vida que virão pela frente, é muito mais
confortável fazer isso nos ombros de um bom amigo do que na frente do
computador.
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