Hoje faz exatamente um mês que fiz aniversário. 27 anos. Faltam
3 para os 30. Ui...
É difícil explicar mas eu me sinto mais velha. Em todos os
sentidos.
Sinto meu corpo dando sinais de que chegou a hora de mudar
de vida de uma vez por todas porque se não fizer isso agora vai ficar mais
difícil manter a forma (ou chegar a essa forma) a cada ano. Sinto minhas
responsabilidades aumentando gradativamente, assim como meus cabelos brancos.
Sinto, pela primeira vez em 27 anos um alívio quando vejo meu contracheque no
final do mês e a felicidade de ver a conta bancária no positivo e a poupança
crescendo. Sinto meu relacionamento ficando cada dia mais maduro e vejo um
futuro de véu e grinalda se aproximando.
Mas sinto que cresci mesmo, quando eu vejo a pequena Julia
(porque pra mim ela sempre vai ser pequena), hoje com 15 anos, me fazendo derramar
lágrimas de emoção, orgulho e alegria. Ela escreveu um post no dia do meu
aniversário que dizia o seguinte:
“’Alguns infinitos são maiores que outros.’ – A Culpa é das Estrelas. Mas
qual é o maior infinito? É nessa hora que alguns respondem que é o dos amores
verdadeiros, ou o amor infinito dos pais... Mas eu não acredito nisso. Acredito
que o maior infinito seja o dos irmãos. Amores vêm e vão, os pais, é a dura
realidade, um dia se vão também, normalmente antes dos filhos, mas às vezes
eles nos deixam um outro “pedacinho” deles que provavelmente vai nos acompanhar
para sempre, aquela pessoa com quem poderemos contar grande parte da nossa
vida, com quem certamente brigaremos grande parte da nossa vida, mas também
compartilharemos momentos incomparáveis. Não poderia deixar de dar parabéns
para um dos meus infinitos hoje. Para aquela guria que briga comigo, que me
xinga, que me pede tudo o que um irmão mais velho pede, mas também para aquela
que nunca deixa de me escutar pra qualquer coisa e que, com certeza, me ama
desde o “Já não te disse pra não deixar as meias dentro do tênis!?” até o “Bebezão
da mana!”, enfim, para aquela pessoa que com certeza eu sei que vou poder
contar para sempre. Parabéns, mana!! Te amo muito!”
Sim, foi ela
quem escreveu. Sim, ela é minha irmãzinha mais nova, meu bebezão. Sim, eu me
emocionei e me enchi de orgulho quando li e percebi que o nosso amor infinito é
tão grande que foi capaz de dar a ela tamanha inspiração. Sim, eu sempre vou
estar aqui “Juju da Bi”.
Quando a
gente tem um irmão mais novo é que percebe os anos se passando mais rápido.
Troca as fraldas num ano, levanta dos tombos no outro, leva pra passear na
pracinha depois, ajuda a fazer os trabalhos de aula, convence o pai e a mãe a
deixarem ela ficar na festa um tempinho a mais, ajuda a resolver conflitos de
identidade, amorosos e escolares, leva pra fazer compras no shopping e quando
vê, aquele bebê virou gente grande, vai pra faculdade, tem o pé maior que o
nosso e as próprias opiniões formadas sobre tudo.
O segredo é
que, ao invés de me sentir mais velha por isso, me sinto mais responsável, porque
sei que tem alguém ali que confia nas coisas que digo e que se espelha no que
eu sou. Isso me dá forças pra ser cada vez melhor! É, acho que envelheci, e
quer saber... Tô adorando isso!!
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