Mulherada
que frequenta o salão (algumas mais outras menos) sabe que é assim! Tudo é
discutido no salão enquanto umas fazem as unhas, outras o cabelo, outras uma
hidratação. Não importa qual o assunto, novela, filhos, amor, traição, fofoca. Todo
mundo fala, todo mundo dá pitaco na vida alheia.
Tudo começa
com uma simples e polêmica pergunta:
“Vocês acham
que uma traição é perdoável?”
Pronto, está
feito o fuzuê!
Minha
resposta: Depende. Depende de como eu ficar sabendo.
O pior da
traição (pra mim) é a mentira, esconder, enganar, fazer de trouxa. O ato em si
eu acho que é perdoável sim, dependendo das circunstâncias e de muitas outras
coisas que variam de acordo com cada casal e que só dizem respeito aquelas duas
pessoas. Mas a coisa de enganar, mentir, fingir, isso sim não tem perdão.
Só tem uma
coisa... Perdoar é muitíssimo diferente de esquecer. Se você, o traído, não é
capaz de conviver com aquela lembrança que, mesmo que fique lá escondida em um
canto esquecido da memória, um dia vai voltar pra atazanar a tranquilidade,
caia fora.
Não é
saudável para ninguém viver do passado mas também não é possível apagar o que
aconteceu lá atrás. E como é do ser humano, temos uma facilidade imensa de
lembrar as coisas ruins, as dores, as mágoas. O que é possível mas requer um
pouco de esforço é conviver com aquilo. Perdoar requer muito amor e muita
confiança.
Uma traição
perdoada abre os olhos. Faz você perceber que o seu príncipe encantado (ou
princesa) não é perfeito e que coisas desse tipo podem acontecer de novo. Sabe
aquele ditado “gato escaldado tem medo de agua fria”? Perdoar a traição do
parceiro faz você ficar no estado “sempre alerta” e confiar desconfiando.
O casal tem
que aprender a conviver e aceitar isso. O traído tem que conviver com a dúvida
e o outro com a desconfiança.
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