Ontem saí correndo do trabalho pra chegar cedo em casa e sair pro jogo do Inter, corri um pouco mais pra não perder o ônibus e consegui (quase que por milagre) um lugar para sentar. Não demorou muito o banco à minha frente foi ocupado. Nele sentaram duas meninas que deviam ter seus 16 ou 17 anos.
Antes de continuar devo dizer que gosto de andar de ônibus. É claro que é cansativo, às vezes lotado, demorado e tudo isso que já se sabe, mas acho que dentro dele existe um mundo à parte, tantas pessoas diferentes falando sobre assuntos diferentes, tantas histórias que se fosse contar tudo que eu já ouvi, ficaria dias escrevendo. Resumindo... Sim! Eu presto atenção na conversa dos outros dentro do ônibus (até já perdi a parada por causa disso).
Dito isso, voltemos às meninas.
As duas não conversavam muito, mal trocaram meia dúzia de palavras, mas os olhares e sorrisinhos deduravam que alguma coisa tinham aprontado. Para frustração da minha curiosidade, não descobri o que foi...
Fui observando durante o caminho que as duas se vestiam com o mesmo tipo de roupas, tinham o mesmo corte de cabelo, usavam o mesmo esmalte nas unhas, exibiam a mesma maquiagem no rosto e nos pés tinham os tênis iguais, mudando só a cor, um vermelho e o outro preto.
Notei que as duas ficavam mexendo nos cabelos a todo instante. Detalhe: as janelas do ônibus estavam escancaradas. Perdi a conta de quantas vezes tentaram em vão arrumar os cabelos bagunçados pelo vento e de quantas janelas do ônibus fecharam.
A obsessão das duas começou a incomodar de um jeito que a vontade que deu foi de bater na mão das duas e amarrar para que não colocassem mais as mãos nos cabelos além de gritar dizendo que não ia adiantar nada porque elas não podiam parar o vento!
Não tenho nada contra as pessoas que gostam de se arrumar, que cuidam pra não estragar o visual, mas daí a deixar que isso se torne uma obsessão?! Péra lá né! Tenha santa paciência!
Tem coisa melhor do que sentar na janela do ônibus depois de correr pra não perdê-lo e sentir aquele ventinho no rosto? Desculpem-me meninas, mas não tem não!
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